Analisando os jogos de Copa Libertadores, está ficando clara uma dificuldade do América: fazer gols quando domina a partida e tem a "obrigação" de ir ao ataque. Foi assim na ida contra o Guarani, pela segunda fase e quando perdeu no fim, e diante do Barcelona, nessa terça-feira (8), quando quase aconteceu o mesmo, se não fosse um pênalti perdido pelos equatorianos.
Para o técnico Marquinhos Santos, o time produz, mas falha na finalização. "Em relação à produção ofensiva, nós temos trabalhado muito e criado oportunidades. Claro que ainda falta a conclusão. Mas o mais difícil no futebol é criar, e temos criado oportunidades. No que tem que se fazer, temos feito. Colocamos o Barcelona, que é um time de muita força, em bloco baixo. É uma equipe que manteve boa parte do elenco que chegou à semifinal da Libertadores contra o Flamengo ano passado", disse em entrevista coletiva.
Contra o clube de Guaiaquil, Coelho teve 62% de posse de bola e 12 chutes ao gol, contra seis. No entanto, foram poucas chances claras de gol para ambos os lados. Santos elogiou a postura do Barcelona.
"Do outro lado tivemos um adversário que mesmo com o peso que tem, veio aqui no Independência e jogou atrás no nosso erro. Nós tentamos, criamos, colocamos profundidade com Everaldo e Pedrinho. Mas também foi mérito da equipe do Barcelona, que soube se fechar, e tivemos dificuldade na conclusão da jogada", falou.
Por fim, mesmo sendo o terceiro jogo na competição, o comandante revelou que a ansiedade ainda pesa no elenco. "Eu creio que a ansiedade de estar em uma Libertadores, fazer o primeiro jogo em casa, abrir o placar do jogo e tentar levar o resultado atrapalhou na última bola. Mas isso é algo que temos que aprender e trabalhar para evoluir", concluiu.