As cenas de selvageria vistas na Arena MRV no último domingo (10), na final da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo podem afetar a volta dos clássicos mineiros com a torcida dividida.
O retorno das torcidas de Atlético e Cruzeiro nos estádios é um desejo público de Rubens Menin, proprietário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo, e de Pedro Lourenço, dono do time celeste.
Em entrevista a reportagem de O TEMPO Sports na terça-feira (12), Bruno Muzzi, CEO do Atlético, opinou sobre o assunto. “O clássico meio a meio, em um estádio que comporta, o nosso estádio não tem essa previsão, ele é até mais seguro, por dados da PM, que é um clássico 90/10. Estatisticamente é isso. Mas, há outras questões de segurança”, disse.
Conforme decisão dos clubes, tomada antes do primeiro duelo entre as equipes pelo Campeonato Mineiro deste ano, os confrontos entre Galo e Raposa serão com torcida única até o fim de 2025.
O acordo foi um acerto feito quando Ronaldo Fenômeno ainda comandava o Cruzeiro. Com isso, os clássicos de 2024 aconteceram nesse mesmo sistema: casa com 100% de torcedores do time mandante.
“Vivemos no mundo do futebol com outros casos de violência, vimos a emboscada da torcida do Palmeiras, problemas no Nordeste, então é uma discussão que os dirigentes precisam fazer de tudo para que torne o ambiente seguro. Não podemos usar o futebol como desculpa de bandidos, precisa ter um ambiente seguro”, finalizou Muzzi.