A camisa alvinegra listrada na vertical está longe de ser a única coincidência entre Atlético e Botafogo, que disputam a finalíssima da Copa Libertadores 2024 neste sábado (30), às 17h, no estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, na Argentina. Galo e Glorioso chegam à decisão da “Glória Eterna” pouco depois de se transformarem em SAF, Sociedade Anônima do Futebol, e, automaticamente, aumentaram o poderio financeiro.
Antes de se transformar em SAF, o Atlético já era comandado por aqueles que, hoje, são os principais acionistas da sociedade anônima do clube. Desde 2020, Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador, os chamados 4R´s, passaram a injetar dinheiro de fato no clube para contratações.
Logo no ano seguinte, em 2021, mas ainda sem o formato de SAF, o clube saiu da fila que já durava 50 anos e voltou a conquistar o Campeonato Brasileiro. No mesmo ano, levantou a taça da Copa do Brasil e, antes, a do Campeonato Mineiro, conquistando o triplete.
Desde então, principalmente por conta das negociações frustradas com o suposto interessado na SAF do Galo, o estadunidense Peter Grieve, os então mecenas do clube se tornaram donos dele. Foi em novembro de 2023 que a SAF do Atlético foi oficialmente constituída e iniciou de fato as operações.
Neste ano, depois de chegar a mais uma decisão de Copa Do Brasil, mas ficando com o vice, o Atlético tenta conquistar “o título que falta” sob a era dos investidores.
No ano anterior, aliás, o Botafogo tornou-se um dos primeiros clubes brasileiros a adotar o modelo de gestão, em março de 2022, vindo da Série B do Campeonato Brasilero. John Textor, empresário estadunidense, pagou R$ 400 milhões por 90% das ações do Botafogo. O efeito SAF, em termos de contratações, foi imediato: 22 reforços - dois times.
Dentro das quatro linhas, porém, o Botafogo ficou apenas com o 13º lugar no Campeonato Brasileiro em 2022. Já no ano seguinte, o Glorioso ficou incríveis 31 de 38 rodadas na liderança do Brasileirão, mas protagonizou uma das maiores “derrapadas” do futebol nacional e ficou sem o caneco, terminando na quinta posição.
“Mordido” pela perda do título do Brasileirão, em 2024, o Botafogo de John Textor de fato abalou o mercado do futebol nacional, ao desembolsar mais de R$ 300 milhões em aquisições. Destacam-se as chegadas do meia argentino Thiago Almada (R$ 120 milhões) e do atacante Luiz Henrique (R$ 85,9 milhões), duas das três compras mais caras da história do futebol brasileiro.
No ano em que foi mais agressivo nas janelas de transferências, o Botafogo colhe os principais resultados de sua história. Para além da primeira final de Libertadores de sua história, o Glorioso é o líder do Campeonato Brasileiro, a dois jogos do fim da competição.