O Atlético encerra a temporada de 2024 buscando se livrar do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A equipe alvinegra entra em campo neste domingo (8) com 3,8% de chances de disputar a segunda divisão no próximo ano, conforme levantamento da UFMG. Um cenário considerado inesperado por parte da torcida que viu a equipe, ao longo do ano, conquistar o título do Campeonato Mineiro e chegar às finais das Copas do Brasil e da Libertadores.
No Campeonato Brasileiro, o Atlético está em 14° lugar, com 44 pontos. São três pontos a mais que o Red Bull Bragantino, o primeiro da zona de rebaixamento (17°) e que também chega a última rodada tentando se manter na elite do futebol nacional. Além do Galo e do clube paulista, Fluminense (15°, com 43) e Athletico Paranaense (16°, com 42) tentam se livrar da queda para a divisão de acesso.
Do favoritismo aos problemas
O Galo foi apontado pela crítica como um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro, ao lado de Flamengo e Palmeiras. O principal argumento era a manutenção do time vitorioso nas últimas temporadas, somado à contratação do meia Gustavo Scarpa. Além do plantel, o bom desempenho da equipe no segundo turno do Brasileirão de 2023 colocou a equipe como postulante a levantar a taça.
O favoritismo, no entanto, começou a ser questionado por causa da oscilação da equipe no início da competição. Nos cinco primeiros jogos, o Galo empatou três e venceu outros dois. Mesmo se mantendo invicto até a sétima rodada, parte da torcida começou a questionar o desempenho em campo. Insatisfação que aumentou diante das goleadas sofridas para Palmeiras e Flamengo, em casa, e para o Vitória, no Barradão, em Salvador (BA).
Desfalques e competições
Uma das preocupações naquele momento era a quantidade de jogos na temporada. Em 2024, o Galo disputou quatro competições: o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil, a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro. A preocupação se tornou, de fato, um problema com a chegada da Copa América, em junho.
Jogadores do elenco alvinegro foram convocados para defender suas seleções no torneio disputado nos Estados Unidos. Além desses desfalques, o técnico Gabriel Milito perdeu outros jogadores, que enfrentavam problemas com lesões. O plantel reduzido serviu como alerta, e o clube precisou se mobilizar na janela de transferências de julho.
Na ocasião, a diretoria alvinegra acertou as contratações dos zagueiros Junior Alonso e Lyanco, do volante Fausto Vera e do atacante Deyverson. O plantel também foi reforçado com o meia Bernad, campeão da Libertadores em 2013, que já tinha acertado o seu retorno ao clube ainda no início da temporada.
Mesmo com o elenco reforçado, o Galo "decidiu abrir mão" do Campeonato Brasileiro, priorizando as Copas do Brasil e da Libertadores, torneios em que foi finalista. No Brasileirão, o técnico Gabriel Milito passou a optar, então, pela escalação de um time misto — priorizando, principalmente, os atletas considerados titulares para os jogos das Copas.
A falta de entrosamento e o nível técnico inferior, quando se comparado ao time principal, foram alguns desafios do Atlético nestas partidas. O clube acumulou empates, chegando à última rodada como o time que mais vezes terminou o jogos da competição com a igualdade numérica no placar: 14 vezes, a mesma quantidade do Red Bull Bragantino, que também briga contra o rebaixamento.
Desempenho em casa
O desempenho como mandante também é um dos motivos que levaram o Galo a lutar contra o rebaixamento na última rodada do Brasileirão. Nas partidas disputadas ao lado do seu torcedor, a equipe tem um aproveitamento de 46%. Em 18 confrontos, são sete empates, seis vitórias e cinco derrotas. O desempenho coloca o Galo como o quarto pior mandante na competição em 2024. No Brasileiro deste ano, o Atlético mandou os seus jogos na Arena MRV, no Independência e no Mineirão.
Sequência sem vitórias
O Atlético enfrenta uma sequência de 12 jogos sem vitória — sendo oito pelo Campeonato Brasileiro, dois pela Libertadores e dois pela Copa do Brasil. Somatório de resultados negativos que resultaram na saída do treinador Gabriel Milito. A última vitória ocorreu no dia 22 de outubro, quando o Galo venceu o River Plate por 3 a 0, na Arena MRV, no jogo de ida da semifinal da competição continental.
Neste período, a equipe mineira foi superada pelo Flamengo nos dois jogos das finais da Copa do Brasil (3 a 1 e 1 a 0). O Galo também perdeu para o Botafogo, por 3 a 1, na decisão da Copa Libertadores. O aproveitamento da equipe nos últimos doze duelos é de 11% - quatro empates e oito derrotas.
Briga contra o rebaixamento
No Brasileirão de 2024, quatro clubes ainda brigam pela permanência na elite do futebol nacional: Athletico Paranaense, Atlético, Fluminense e Red Bull Bragantino. Três equipes já estão rebaixadas (Criciúma, Atlético Goianiense e Cuiabá). Ou seja, resta apenas uma vaga para a segunda divisão de 2025. Todos os jogos da última rodada do Campeonato Brasileiro ocorrem neste domingo (8 de dezembro), às 16h.
O Galo é o clube que possui menos chances de ser rebaixado, conforme o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 3,8%. O clube alvinegro precisa de um empate diante do Athletico Paranaense para permanecer na Série A. As equipes se enfrentam neste domingo (8), às 16h, na Arena MRV, em Belo Horizonte.
O Furacão, adversário do Atlético, busca uma vitória para permanecer na primeira divisão sem depender dos resultados dos jogos do Fluminense e do Red Bull Bragantino. Caso perca para o Galo, o Furacão precisa de uma derrota do Bragantino para se manter na elite do futebol nacional. Segundo o levantamento da UFMG, a equipe paranaense tem 16,8% de cair para a Série B.
O Fluminense, de acordo com o mesmo estudo da UFMG, possui 11,5% de chances de ser rebaixado. Caso consiga pontuar diante do Palmeiras (empate ou derrota), o Tricolor se garante na Série A de 2025. Se perder, a equipe das Laranjeiras dependerá de um tropeço do Red Bull Bragantino contra o Criciúma, ou de uma vitória do Atlético sobre o Athletico Paranaense.
Já o Red Bull Bragantino precisa de uma vitória contra o Criciúma para se livrar da Série B. Com os três pontos, o Massa Bruta passaria o Atlético ou Athletico Paranaense, clubes que fazem confronto direto pela permanência na primeira divisão. Se perder ou empatar com a equipe catarinense, o Bragantino será rebaixado. Conforme a UFMG, o clube paulista tem 67,9% de chances de disputar a segunda divisão na próxima temporada.