Auto do segundo gol do Atlético na vitória por 3 a 2 contra o Fluminense, o atacante Junior Santos causou alguns questionamentos da torcida ao celebrar com a mão na orelha, depois de protestos da torcida. No entanto, ele revelou que o gesto não foi contra o torcedor, e tem um significado muito mais relevante.
Maior contratação da temporada, Junior Santos ainda não tinha marcado pelo Atlético. Ele fez o segundo contra o Fluminense e celebrou com as mãos na orelha. Nesta segunda (12), ele explicou o motivo em suas redes sociais.
"Desde o ano passado, venho utilizando essa comemoração em alguns gols, colocando a mão no ouvido, mas nunca havia revelado o motivo dela. Desde o início da minha trajetória no futebol, fui alvo de comentários preconceituosos, por ter sido ajudante de pedreiro e vindo da várzea, como se isso diminuísse ou desmerecesse o que realizo como profissional", iniciou o atacante.
Junior Santos afirmou que muitos no Brasil menosprezam as conquistas dos outros, e que esse é um julgamento que ele sofre há anos. Como resposta, tenta fazer o melhor em campo. Ele ainda reforçou que a comemoração não foi nada contra a torcida.
"Quero deixar claro que não foi uma provocação à torcida ou algo relacionado ao jogo. Desde que cheguei ao Atlético, fui muito bem acolhido pelos torcedores, com enorme carinho e tenho consciência de que retribuirei tudo com muito empenho e dedicação", afirmou.
O atacante finalizou seu pronunciamento dizendo que tem muito orgulho de quem é da história que construiu, e que defende com orgulho "um dos maiores clubes do Brasil".
Nascido no interior da Bahia, Junior Santos só se tornou profissional no futebol aos 23 anos. Antes, auxiliava o tio, pedreiro. Aos 30 anos, se tornou uma das grandes vendas do futebol brasileiro depois de uma temporada mágica pelo Botafogo, em que marcou gol na final da Libertadores.