O Atlético passou em branco pelo segundo jogo seguido no Campeonato Brasileiro ao empatar por 0 a 0 com o Corinthians. O Galo teve uma grande oportunidade de marcar com Rony, ainda no primeiro tempo, mas a desperdiçou, aumentando o fato do ataque atleticano ser um dos menos eficientes da Série A.

O trio de ataque do Atlético é o top 3 entre os jogadores que mais precisam finalizar para marcar - contando os que já tem ao menos um gol. Hulk lidera, com um gol em 27 finalizações, seguido de Cuello, com um em 22, e Rony fecha o top 3 com dois gols em 32 chutes. Os três somam quatro gols em 81 finalizações, ou seja, precisam, em média, de 20 chutes para balançarem as redes.

O trio possue ainda uma relação gol por xG (gols esperados) negativa. Somados, eles tem -2,47 G-xG. O xG é uma métrica que avalia a probabilidade de um chute resultar em gol, utilizando dados variados como distância do chute, ângulo, pressão da defesa, entre outros. 

Cada chute recebe valores de 0 a 1. Um pênalti equivale a 0,75 xG, por exemplo. Já a chance perdida por Rony contra o Corinthians foi registrada com 0.7 xG, ou seja, é um tipo de finalização que acaba em gol em 70% das oportunidades.

Rony, inclusive, é o que tem dados que mais chamam atenção. Ele é o 2° jogador com mais finalizações no campeonato (32), sendo o primeiro (ao lado de Igor Jesus) entre os que mais finalizam a gol (13). No entanto, ele tem a pior relação gols e xG da Série A (-1.6), tendo criado para 3.6 gols, mas só marcado dois.

Em 2024, Rony, pelo Palmeiras, já tinha sido o pior (-4.3 G-xG) no Brasileirão. Já Hulk (0.5) e Cuello (0.2) terminaram a competição com saldo positivo.

Scarpa é o pior entre os que não fizeram gol

O problema de finalizações do Atlético ainda piora se estendermos a análise para Gustavo Scarpa, meia que chega muito ao ataque atleticano. Ele é, ao lado de Estevão (Palmeiras) e Wanderson (Cruzeiro), o jogador que mais finalizou (17) e ainda não marcou gol.