Não é só o atacante Rony que está cobrando pagamentos pendentes do Atlético. O armador Gustavo Scarpa também tomou providências contra o clube. Segundo apuração de O TEMPO Sports, o jogador notificou o Galo extrajudicialmente. O motivo seriam atrasos nos pagamentos de direitos de imagem e premiações

Porém ao contrário de Rony, o meia ainda não pediu para deixar o clube alvinegro. Na tarde desta terça-feira (22), o centroavante pediu para deixar o Atlético devido a atrasos no depósito do FGTS.

Procurado pela reportagem, o Atlético afirmou desconhecer a notificação de Gustavo Scarpa. 

Já no caso do atacante Rony, que pediu rescisão unilateral de contrato por atrasos no FGTS, o Galo diz que foi notificado pela Justiça do Trabalho.

"O Atlético informa que foi notificado pela Justiça do Trabalho, em ação ajuizada pelo atacante Rony, cujos pedidos ainda desconhecemos. O Galo esclarece que está com os salários (CLT) rigorosamente em dia, e somente com uma parcela dos direitos de imagem atrasada em apenas dois dias. O clube aguarda obter mais informações para tomar as medidas necessárias e cabíveis.", afirma o clube em nota.

Problemas financeiros

Em entrevista coletiva concedida em junho, o empresário Rafael Menin, sócio majoritário da SAF do Atlético, admitiu dificuldades do Galo para realizar pagamentos a jogadores e clubes. Na época, o dirigente disse esperar que isso fosse resolvido em breve.

“Foi um semestre duro. É falado de atraso de salário, de imagem... teve algo, sim. Não foi de 30 dias. E não foi a primeira vez. Já aconteceu em outros anos, 2024, 2023. O que a gente luta muito é para não ter um acúmulo de atrasos. Sabemos que pode ter impacto em campo. Temos que honrar os contratos assinados. De fato, a gente piorou um pouco neste quesito neste primeiro semestre”, afirmou, na ocasião.

Na mesma entrevista, Menin também reconheceu dificuldades em relação à dívida do Atlético, que segundo ele, gira em torno de R$ 1,4 bilhão. O empresário destacou que a SAF do Atlético foi a que recebeu maior investimento no Brasil quando foi comprada: "Parte desse investimento foi para reduzir a dívida, mas ainda assim a dívida segue super alta".