A torcida do Galo esperou por aproximadamente seis meses para ver o atacante Ademir atuando com a camisa alvinegra. Isso porque ele assinou um pré-contrato com o clube em agosto de 2021, quando estava no América, e foi apresentado no início deste ano. Apesar de ter feito grande sucesso pelo rival, o jogador chegou respeitado pela Massa, mas com um pouco de desconfiança, o que vem sendo dissolvido a cada dia, inclusive pelo técnico, Turco Mohamed.

Das oito partida do Atlético até aqui em 2022, o "Fumacinha", como era conhecido no Coelho por causa da sua velocidade, participou de sete confrontos (o que mais atuou), sendo que três começou como titular e os outros quatro entrou durante os 90 minutos – em um deles, contra o Uberlândia, marcou um dos gols e deu assistência.

Com o decorrer dos jogos, é possível ver que Turco – bom lembrar, não foi quem pediu sua contratação, já que o treinador era Cuca – vem confiando no jogador. Inclusive, ele entrou no lugar de Savarino na Supercopa, contra o Flamengo, na posição que mais se sente à vontade, pelo lado, quando o Galo perdia por 2 a 1 e precisava de mais fôlego e qualidade para chegar ao ataque.

Após a sua entrada, time pressionou mais e ele iniciou a jogada do gol de empate: cruzou para Eduardo Vargas na linha de fundo, que passou para Hulk colocar lá dentro. Na disputa de pênaltis, Ademir foi o terceiro a bater, após a estrela atleticana e Nacho Fernández. Todos converteram e o clube se sagrou campeão pela primeira vez.

Outro aspecto a se levar em conta é que o jogador de 27 anos chega a uma equipe formada e multicampeã, que não perdeu peças em sua posição (ponta). Entretanto, na partida contra o Urubu, Mohamed não pôde contar com Matías Zaracho, que também atua pelo lado, lesionado.

Ali, também há forte concorrência com Savarino, que começou aquela final, e Vargas, que joga mais pelo lado esquerdo, assim como Keno. Pegando os tempos de América, Ademir também pode jogar mais recuado, como um armador.

Para a temporada, só o tempo irá dizer se ele será um concorrente direto aos considerados titulares ou bom reserva para se colocar no decorrer dos jogos, principalmente por causa da sua rapidez.

Depois dele, os que mais atuaram foram: Dylan Borrero, Eduardo Sasha e Savarino, com seis jogos cada – atletas que figuravam mais no ano passado no banco de reservas. Fato esse que se deve pela rodagem de elenco que o comandante vinha dando no Campeonato Mineiro para não causar desgaste físico.