'Turco' Mohamed não concedeu entrevista coletiva após a vitória contra o Flamengo, na quarta (22), em respeito ao abalo causado no vestiário do Galo pela notícia do falecimento da mãe do lateral-direito Mariano. Nesta sexta-feira (24), no entanto, o técnico argentino conversou com os jornalistas sobre o momento do Atlético, que acabou com a sequência de quatro partidas sem vencer após a série de duas vitórias sobre o rubro-negro.

Sobre o desempenho nos dois triunfos, Mohamed elogiou a intensidade e a compactação do time, além de enaltecer o apoio da massa atleticana nas partidas. 

"Foi muito importante para que a equipe recuperasse a confiança e a energia positiva. Isso foi um ponto de partida para as grandes competições que teremos pela frente, tanto no Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores", ressaltou.

O técnico do Atlético também relacionou a fase de oscilação que o time viveu aos desfalques por lesão, dizendo que este foi o principal problema para o trabalho dele desde que chegou. Ele lamentou, especificamente, o pouco tempo que Keno, Vargas e Zaracho tiveram em campo desde então.

"O mais importante é que  o time consiga ter o bom jogo de intensidade que teve contra o Flamengo, temos que tomar isso como exemplo para seguir dessa maneira", analisa.

Alívio no cargo

Muitos entendiam que o cargo de Toni Mohamed estava ameaçado pelo desempenho inconstante do time. Mesmo com a demissão ventilada e até com nomes de possíveis substitutos especulados, Turco manteve nas últimas semanas o discurso de tranquilidade.

Acostumado com a pressão, ele, no entanto, já pôde observar nos seis meses de futebol brasileiro que poucas vezes treinadores são mantidos no comando a tempo de se recuperar de uma sequência ruim.

"Faz parte. E aqui no Brasil muito mais. Estávamos olhando a tabela ontem e de janeiro até agora me parece que só ficaram cinco treinadores. Atlético, São Paulo, Palmeiras, Bragantino e Fortaleza. Os demais todos trocaram uma ou até duas vezes. É uma pressão grande, mas acredito que tem que se estar preparado para tudo. Sempre falei que confio muito nesta equipe, por isso fiquei tranquilo quando se falava que eu ia sair. Estou tranquilo e focado no meu trabalho no dia a dia, que é o que depende de mim, não vou gastar energia no que não posso controlar", desabafou