Corte na folha mensal e agilização da SAF: entenda as metas imediatas do Galo

A dívida total do Atlético que ultrapassa os R$ 2 bilhões faz com que o clube tenha que correr contra o tempo para colocar o Galo em um patamar sustentável. E o clube vem atacando em duas frentes para que as dívidas não tornem a situação ainda mais caótica.

O clube divulgou o balanço financeiro, que será apreciado e, consequentemente, aprovado pelo Conselho Deliberativo nesta semana, e nele está contido, além das dívidas de longo e curto prazo, as ações que o Atlético terá que tomar para o aspecto financeiro clarear.

O primeiro deles é a agilização do processo da transformação do clube em se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF), além da venda de 51% das futuras ações do futebol ao possível investidor.

Conforme o CEO do clube, Bruno Muzzi, o Atlético segue negociando com um fundo investidor, liderado pelo norte-americano Peter Grieve. O processo segue na fase de negociações e captação de investidores, mas o clube trabalha com o prazo de 90 dias para definir a questão.

Além de Grieve, o Atlético cita que há mais dois investidores que demonstraram interesse na SAF do clube. Porém, o Galo está próximo de fechar a proposta vinculante, que define a porcentagem dos acionistas e há ainda a discussão da entrada ou não da Arena MRV e do CT no negócio.

Corte mensal

Muzzi também revelou a necessidade de se diminuir a despesa mensal do Atlético. Nela, está contida os valores da folha salarial do elenco profissional, que terá que ser reduzida em R$ 8 milhões em 2023.

A janela de transferências no meio do ano deverá ser decisiva para a questão, já que o clube poderá negociar algum atleta que possui um salário de aproximadamente R$ 600 mil mensais e um contrato até o final do próximo ano, no mínimo.

Um dos fatores que ajudaram a diminuir as despesas com o futebol nesse início de temporada foram as vendas de jogadores realizadas no primeiro trimestre.

O Atlético fez vendas de jogadores que chegaram a cerca de R$ 70 milhões para os cofres do clube. O custo estimado com o futebol previsto no orçamento para 2023 é de R$ 251 milhões.