O ex-meia do Atlético, Daniel Carvalho relembrou ter participado de um dos maiores fiascos da história do clube. A goleada por 6 a 1 para o Cruzeiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011 foi um dos assuntos comentados pelo jogador, que insinuou que o técnico Cuca, comandante do Galo naquela partida em Sete Lagoas, não tenha saído tão triste com o resultado, que manteve a Raposa na primeira divisão.

Naquela época, o Atlético já tinha escapado do risco de rebaixamento na rodada anterior. E disputaria o clássico na Arena do Jacaré com a possibilidade de rebaixar o rival. O estádio teve somente a presença de torcedores do Cruzeiro. 

Em entrevista à rádio 98, Daniel Carvalhou relembrou que foi o único indignado no vestiário e que a revolta teria sido o motivo de ter deixado o clube no ano seguinte.

"Tomamos gols que não dava para acreditar Até hoje eu fico sem entender. A minha 'demissão' foi naquele jogo, porque eu entrei no intervalo chutando aquele negócio de Gatorade, gritando, brigando. Eu sou assim, o que eu acho errado eu acabo expondo a minha opinião. E outros ficaram quietos, abaixando a cabeça. Eu fui acostumado aqui no Sul, fui criado no Internacional, se eu puder derrubar o Grêmio, tiver que concentrar cinco dias antes, eu vou derrubar o Grêmio. E a gente teve a faca e o queijo na mão para derrubar o Cruzeiro", recorda.

O ex-jogador lamentou ter sido trocado pelo volante Pierre, que veio do Palmeiras, ainda em 2011. A mágoa com Cuca parece não ter sido esquecida. Tanto que Daniel não poupou o treinador do vexame dado na goleada histórica.

"Acho que se eu tivesse calado a minha boa na época, eu teria continuado no Atlético. O Cuca, querendo ou não, tinha muito vínculo com o Cruzeiro, porque tinha deixado o Cruzeiro e chegado ao Atlético. Ele tinha um carinho e um respeito pelo Cruzeiro. Acho que foi o melhor resultado para o Cuca. De repente o Cuca queria que a gente perdesse, pode-se dizer que sim. Mas não de seis, né. Acredito que o Cuca não gostaria de ver o Cruzeiro na segunda divisão. Infelizmente, eu acabei participando do pior fiasco da história do Atlético e vou ter que conviver com isso", finalizou.

A reportagem de O Tempo Sports entrou em contato com o ex-treinador do Atlético, mas ainda não obteve resposta.