O agora ex-diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano se despediu do clube nesta quarta-feira (21/2). Em entrevista coletiva, falou sobre o trabalho de Felipão e sobre seu sucessor, Victor Bagy. 

De início, o novo coordenador de seleções revelou o motivo de ter aceitado o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Para ele, foi uma decisão pessoal e muito difícil. 

"Ela foi pessoal e profissional, porque é óbvio que todo profissional do esporte ele almeja representar seu país e o órgão máximo do futebol brasileiro, assim como no vôlei, no basquete. No momento que veio esse convite, eu estava no clube que talvez tenha sido a minha maior identificação durante todo esse período”, afirmou. 

Em outro momento da entrevista, Caetano foi questionado sobre a venda do meia-atacante Savinho ao grupo City, em junho de 2022, por 6,5 milhões de euros (R$ 33,5 milhões à época). O Galo reteve 12,5% dos direitos. 

"Naquele momento, ninguém fez a negociação do Savinho de forma a se contentar pelo preço. Queríamos que ele permanecesse por mais tempo, era o momento de desabrochar dele, mas o clube atravessava uma necessidade gigantesca. Não dá para desassociar o caso do contexto. Nesta segunda transferência, vai entrar mais recurso para o clube, e o todo da negociação ficará um pouco mais favorável." econômicos. Além disso, poderá receber bonificações em até 6 milhões de euros (R$ 32 milhões). As metas, porém, são em diferentes níveis de dificuldade”, afirmou.

Savinho, de apenas 19 anos, despontou como uma das grandes promessas da base atleticana. Integrou o time profissional em 2020, a pedido do então técnico Jorge Sampaoli, mas não conseguiu se firmar como titular. No total, disputou 35 jogos e marcou dois gols com a camisa do Galo.

Felipão

Em relação a Felipão, Caetano foi direto e bastante sincero. "Ele tem um coração enorme", disse. Além disso, falou sobre o envolvimento dele com os profissionais e como ele respeita todo o grupo. O treinador do Galo foi criticado por torcedores no desembarque em Confins (após vitória diante do Itabirito, em Brasília).

"Às vezes pegam ele num momento de chegada, cansado, estressado, o que não justifica. E ele sabe que não justifica. Ele vai dar mostras disso cada vez mais representando o Galo na beira do campo. Mas não duvidem do coração e do caráter dele, que não é o perfil dele nem a rotina dele no dia a dia. Quer saber como é a conduta de um profissional? Pergunte aos profissionais que trabalhem com ele. Pergunte ao mais humilde profissional que vocês vão saber como é a conduta do Felipão", afirmou.