Dizer que 2022 não foi bom para o Atlético parece unanimidade, embora o clube tenha sido campeão da Supercopa do Brasil e do Mineiro, tenha chegado às quartas de final da Libertadores e terminado o Brasileirão em sétimo, se garantindo na pré-Libertadores deste ano. Na Copa do Brasil, caiu nas oitavas de final. Contudo, o sarrafo subiu muito com a campanha em 2021, quando o time venceu o Estadual, a Copa do Brasil e o Brasileirão após 50 anos.

Por isso, a expectativa para o ano passado era enorme, mesmo com a saída de Cuca quando todos esperavam que o técnico no mágico 2021 seguisse.

Após a contratação do argentino Turco Mohamed, que não agradou, apesar da Supercopa do Brasil e do Mineiro, e do frustrante retorno de Cuca, 2023 começa sob expectativa de que o argentino Eduardo Coudet possa dar ao elenco o rumo que a Massa espera de um time com grandes nomes, ótima estrutura e uma novidade histórica, inédita e animadora. Neste ano, o Galo inaugura seu sonhado estádio, a Arena MRV, o que deve ocorrer no fim de março.
 
Após ficar para trás na briga pelo título da Série A e ter caído na Libertadores e na Copa do Brasil, a vaga na fase de grupos na Libertadores passou a ser o grande objetivo do Atlético em 2022, o que também não aconteceu. O time se garantiu apenas na pré-Libertadores. Agora, a torcida espera que o Galo chegue à fase de grupos para que a casa nova receba jogos da competição e, quem sabe, seja como o Independência de 2013, onde o Galo brilhou na campanha do seu título continental inédito.

Além da inauguração da Arena MRV, outra grande novidade que bate à porta do Atlético é a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que está prevista, inclusive, no orçamento do clube para este ano.

“A construção do orçamento 2023 teve como principal premissa a migração do departamento de futebol do Atlético para o modelo empresarial por meio da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), ainda que a decisão será submetida ao conselho deliberativo para devida votação”, ressalta trecho explicativo do orçamento. De acordo com informações de bastidores, um único investidor já está em tratativas adiantadas com o clube, e o negócio deve ser sacramentado assim que os conselheiros do Atlético aprovarem o novo modelo de gestão.

O Galo projeta faturar cerca de R$ 462 milhões neste ano apenas com o futebol profissional, mas estima um déficit operacional superior a R$ 200 milhões, porém ainda não detalhou quanto viria do investidor.

Além do valor a ser investido no futebol alvinegro, a porcentagem a ser negociada é outra vertente que mais tem gerado especulações. O que se ouve nos bastidores é que o investidor ficaria com 51% das ações, o clube com 30% e os 19% restantes divididos entre os mecenas do Galo, empresários conhecidos como os 4Rs (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador).