Por causa de uma cardiomiopatia, o volante Adilson, de 32 anos, se despediu precocemente do futebol nessa sexta-feira (12). Há cerca de três anos, o pai Afonso Warken também teve um problema cardíaco que, nesse caso, funcionou como um elo de ligação com o Atlético.

Revelado pelo Caxias, Adilson já estava há cinco anos no Terek Grozny, da Rússia, quando o problema de saúde do pai e o interesse do Atlético fizeram com que ele optasse em retornar ao Brasil.

"Meu pai teve uma parada cardíaca numa pausa de temporada, na Rússia, e voltei imediatamente ao Brasil. Ele ficou internado por dez dias na UTI numa situação que eu não sabia quando iria terminar. E o Atlético entrou em contato novamente. O Galo havia conversado comigo em dezembro, mas não houve acordo. Com a situação do pai, entendi que era a hora de voltar ao Brasil. Fiquei tranquilo por ser o Atlético. Meu pai se recuperou e ficou 100% ", contou Adilson em entrevista à TV Galo, em abril de 2018.

Por causa da situação, o time russo até autorizou a saída de Adilson antes do fim do contrato, que só terminaria no meio do ano. Ele chegou ao Galo em março de 2017.

Carreira

Natural de Feliz, no Rio Grande do Sul, Adilson se mudou ainda criança para a cidade vizinha Bom Princípio. Ambas foram colônias alemãs. O volante, inclusive, tem dupla nacionalidade. O início no futebol foi tardio para os padrões atuais, já aos 17 anos. Ele trabalhava na empresa do pai quando surgiu a oportunidade de participar de uma peneira no Grêmio. A princípio, ele nem queria ir.

“Eu não queria ir, mas minha mãe insistiu para que eu fosse e acabei sendo selecionado em um grupo de só mais dois garotos. Minha mãe insistiu e meu pai me levou. Eles me deram o suporte para ter condições de treinar e jogar”, contou.

Adilson tem contrato com o Atlético até 2020. Ele havia renovado seu vínculo como Galo em outubro do ano passado. A diretoria atleticana disse que quer o jogador perto no dia a dia a partir de agora, mas não definiu ainda qual função vai assumir.

A intenção é que ele ajude o técnico Rodrigo Santana nos trabalhos do dia a dia num período de testes, a princípio, até o fim desta temporada. Como a doença cardíaca foi diagnosticada recentemente, na bateria de exames da intertemporada, todos foram pegos de surpresa.