Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético, entrou com uma queixa-crime no Ministério Público de Minas Gerais contra o Conselho Deliberativo do clube alegando irregularidades na última eleição de conselheiros. A informação inicial foi dada pelo jornalista Breno Galante e confirmada pela equipe de O Tempo Sports.
A queixa de Kalil é referente à eleição que elegeu 150 novos conselheiros em agosto. Segundo um grupo de conselheiros, houve fraude na última eleição do conselho. Alguns conselheiros teriam sido eleitos sem cumprir requisitos previstos no estatuto do Atlético, como não estar há mais de dois anos integrando o quadro social do clube. O Galo enga as acusações.
Em contato com a reportagem de O Tempo Sports, Alexandre Kalil disse, nesta quinta-feira (1), que agora aguarda que “a justiça seja feita”. Na reunião do conselho, realizada no dia 21 de novembro, que tratou, entre outros assuntos, sobre a mudança no nome da Arena MRV, Kalil já havia falado sobre a vontade de prosseguir com as acusações.
“Vai ser muito difícil o Atlético andar com tudo sub judice. O Conselho é irregular, está completamente irregular, numa hora que precisamos de união está aí tudo embananado para fazer confraria de bons amigos. Isso nunca deu certo”, disse o ex-presidente do clube.
A briga de Alexandre Kalil contra a possível irregularidade também levanta a relação estremecida que tem com o atual presidente do conselho, Ricardo Guimarães. O empresário, que também já presidiu o clube, é hoje uma das peças mais influentes dentro do Atlético e não tem boa relação com Kalil.
"Confraria de bons amigos aqui dentro do Atlético nunca deu certo. O Atlético é da torcida, não tem dono. Hoje, estão querendo colocar dono no Atlético. Nós temos um imbróglio absolutamente grave, qual empresa vai querer mexer com o Atlético no imbróglio jurídico que está criado?", questionou no dia 21 de novembro.