Mesmo com a terceira pior defesa do Campeonato Brasileiro, com 26 gols sofridos, tendo um desempenho melhor apenas do que Sport (27 gols) e Vitória (36), o técnico Thiago Larghi vem apostando em uma formação mais ofensiva do time do Atlético.

Depois da maior parte dos jogos pós-Copa com três volantes, o treinador decidiu apostar em uma equipe mais criativa, com dois armadores: Nathan e Cazares. O primeiro, recém-chegado ao clube, vem ganhando moral. Contra o Botafogo, no domingo (19), ele fará a sua segunda partida como titular da equipe. Já o equatoriano ganhou a vaga após a boa atuação no segundo tempo contra o Santos, quando deu uma bela assistência para o primeiro gol marcado por Ricardo Oliveira. Com a dupla em campo, Cazares atua mais centralizado, e Nathan, no lado esquerdo.

O novato afirma que seu posicionamento não vai interferir em seu desempenho. “A posição em que me sinto mais confortável é a de camisa 10, por dentro. Mas, para mim, é indiferente jogar por dentro ou pela beirada. O importante é mostrar um bom futebol e ajudar o time a chegar às vitórias”, declara Nathan.

Por conta do esquema mais ofensivo, Larghi buscou, durante toda a semana, na Cidade do Galo, chamar bastante a atenção dos jogadores para a questão tática. Com ou sem a bola, ele cobrou disciplina e organização para que o novo sistema dê certo, ainda mais por se tratar de um confronto fora de casa.

José Welison deve ficar mais preso à marcação. Galdezani fica responsável por ajudar a fechar os espaços à frente da zaga. Além disso, Chará, pela direita, e Nathan, pela esquerda, têm a função de fazer a recomposição defensiva. “Está claro para todas as equipes que o sistema defensivo não é somente responsabilidade dos zagueiros, laterais e volantes, e, sim, da equipe toda. Cada um tem a sua função tática e sabe o que tem que fazer. O Thiago (Larghi) deixa isso muito claro para todos. Independentemente se a equipe vai jogar com um, dois ou três volantes, todos sabem o que precisa ser feito”, ressalta o lateral-esquerdo Fábio Santos.

Camisa 10. Cazares terá mais liberdade. Segundo Larghi, ele quer ver o equatoriano próximo ao gol adversário. “Daremos certa liberdade para ele flutuar. Por sua qualidade, ele também precisa fazer os outros jogarem. Ele pode até fazer essa função (buscar bola na defesa), mas o queremos mais perto do gol, como um camisa 10 precisa estar”, diz o técnico.