Perto do Galo

Por que Diego Costa preferiu jogar pela Espanha ao invés da seleção brasileira

Atacante, que está próximo de ser anunciado pelo Galo, foi convocado por Felipão para dois amistosos, em 2013, mas acabou preterido e se naturalizou espanhol

Por Thiago Nogueira
Publicado em 12 de agosto de 2021 | 07:30
 
 
 
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Foram apenas 40 minutos com a camisa da seleção brasileira, entrando no segundo tempo de dois amistosos, contra Itália e Rússia, em março de 2013. Sete meses depois, Diego Costa, próximo de ser anunciado como novo jogador do Galo, avisava que iria defender a Espanha dali por diante. Nas Copas seguintes, de 2014 e 2018, a a função de centroavante foi considerada carente nas frustradas tentativas do hexa.

Luiz Felipe Scolari foi quem convocou Diego Costa, que é natural de Lagarto, no Estado de Sergipe. O jogador, porém, não esteve na lista para a Copa das Confederações, no meio do ano. Posteriormente, o treinador chegou a avisá-lo da intenção de chamá-lo para os duelos contra Honduras e Chile, em novembro. Mas, nesse meio tempo, Diego Costa se naturalizou espanhol e decidiu defender a seleção do país onde vivia desde 2007.

A Fifa deu OK para trocar de seleção porque os jogos pelo Brasil foram partidas amistosas. "Ele está dando as costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã em uma Copa do Mundo no Brasil", disse Felipão, à época, após desconvocá-lo.

Em 2018, na Copa da Rússia, Diego Costa fez dois dos três gols espanhóis no eletrizante 3 a 3 com Portugal, em Sochi. Perguntado pelo Super.FC na zona mista daquele jogo, Diego Costa disse que o assunto era passado, mas não escondeu a mágoa.

"Isso já aconteceu, já passou. O Brasil tem atacantes que sobram comentários. Isso foi algo que aconteceu naquele momento, dei as minhas explicações e as pessoas que são responsáveis por isso têm que dar as deles", ressaltou.

Em 2020, em entrevista à ESPN, Diego Costa voltou a falar no assunto. o atacante revelou que ficou incomodado por ter sido questionado sobre seu empresário, Jorge Mendes, durante a preparação para a partida.

"Sou privilegiado porque realizei meu sonho de criança ao jogar pela seleção brasileira. A primeira a criticar lá atrás foi a própria imprensa brasileira, com umas coisas de: ‘quem é Diego Costa?’. Tanto que chegou na seleção e tinha um negócio de empresário. Me perguntaram: 'só você que é do Jorge Mendes?'. Naquele momento, falei ‘que porra é erra?’. Eu quero estar aqui por mérito meu, meu empresário não precisa me colocar aqui", afirmou Diego Costa à ESPN.

O atacante completou: "Ele (Felipão) disse que ia me convocar para o amistoso contra a Rússia (na verdade, seria Honduras e Chile; contra a Rússia foi o jogo que ele atuou particularmente), para me dar mais minutos. Não sei se aquilo foi para passar a mão na minha cabeça, mas falei que não ia, porque naquele momento senti uma coisa estranha", ressaltou.

Se soubesse que meu empresário estava arrumando algo, não trabalharia mais com ele, não tem nem mais motivo. Não tinha mais dez atacantes top no Brasil, já não tinha mais Luis Fabiano, Ricardo Oliveira. Não era um momento bom dos atacantes brasileiros", completou.

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