Neste domingo (8/1), o diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, completa dois anos no cargo. Já com a alcunha de um dos melhores dirigentes do futebol brasileiro, o gaúcho chegou à Cidade do Galo para montar um time competitivo e que brigasse pelos títulos que disputaria — até certo ponto, conseguiu.
Então com 50 anos, Caetano foi apresentado no dia 8 de janeiro de 2021, após uma passagem de brilho pelo Internacional, e trabalhos acumulados em clubes como Vasco da Gama, Flamengo, Grêmio e Fluminense. Na época, foi contratado por duas temporadas, chancelado pelo presidente Sérgio Coelho, que acabara de assumir o posto, pelos mecenas do clube e pelo técnico Jorge Sampaoli.
Quatro dias antes, Alexandre Mattos, que havia feito sucesso em Cruzeiro e Palmeiras, teve o seu contrato rescindido, já numa tentativa de mudanças drásticas no futebol, numa das primeiras ações de Coelho. Objetivo era ter nomes alinhados com o pensamento dos investidores Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador.
Com o passar dos dias, contratações de peso foram sendo concretizadas, na montagem daquela equipe que viria se tornar multicampeã em 2021, mas que já tinha uma base de anos anteriores: Hulk e Nacho Fernández foram as principais. Caetano também foi o responsável pelo retorno de Cuca, após a demissão do então comandante argentino.
No ano passado, seu nome não esteve muito atrelado à decepção do grupo no Brasileirão Série A e na Copa Libertadores, já que o desempenho atleticano estava mais ligado ao comando de Cuca e aos próprios atletas. Prova disso e da confiança da diretoria foi a renovação de seu contrato, em julho, até o final de 2026.
Ele também trouxe o treinador Antonio Turco Mohamed, que teve o trabalho contestado e foi demitido após seis meses. Depois, Caetano ajudou a convencer Cuca a voltar, mesmo após o também gaúcho deixar a agremiação em dezembro de 2021 por questões pessoais. Após Cuca sair ao final de 2022, Eduardo Coudet, com quem trabalhou no Colorado, foi o novo nome.
Momento turbulento
O momento que a permanência de Rodrigo Caetano esteve mais ameaçada foi entre outubro e novembro do ano passado, isso devido ao interesse de outras pessoas em seus serviços. Alberto Guerra, candidato que venceu a eleição para presidente do Grêmio, afirmou que deseja Caetano como seu diretor de futebol.
Guerra citou conversas com ele, mas nunca houve uma proposta oficial. O atleticano desmentiu que tenha sido procurado para trabalhar no clube gaúcho, onde possui amigos, já trabalhou e iniciou a sua carreira como jogador.
Trabalho atual
O principal objetivo do diretor do Galo, agora, é dar vida nova ao elenco, que se desgastou nos últimos meses e a torcida espera que a próxima temporada seja vencedora novamente. Até o momento, Caetano encabeçou as vendas de Guga, Nacho, Keno e Rafael, por exemplo.
As contratações confirmadas até agora foram de Paulinho, Bruno Fuchs, Paulo Henrique, Edenilson e Igor Gomes. Patrick é outro que pode ser anunciado a qualquer hora. Tudo isso também é importante para sanar as finanças do clube, que passam por um momento delicado — Atlético deve pagamentos aos atletas.