O técnico Antonio Turco Mohamed tem uma carta de baralho tatuada no braço direito, porque acredita ser sempre necessário ter uma “carta na manga”, expressão usada para resolver as adversidades. O jovem Rubens é um exemplo de que o comandante conseguiu resolver um problema (ausência de Guilherme Arana e Dodô) , mas o jogador foi além disso. 

Já são 16 partidas em 2022 pelo Atlético. No Brasileirão, Rubens é o jogador do Galo com mais desarmes (25), duelos ganhos (47), interceptações (12), grandes chances criadas (2), acertos em dribles (79%) e com menos erros defensivos graves (0), de acordo com os números do SofaScore. 

Rubens é meia formado na base do Atlético e subiu ao time profissional no início desta temporada, depois de ser o destaque alvinegro na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ausência de Guilherme Arana, que estava com a seleção, e Dodô, lesionado, Rubens foi titular pela primeira vez no time principal no fim de março, atuando na lateral esquerda. 

Semanas antes Turco já havia dado a dica ao jogador, que ele poderia ser mais utilizado se jogasse como lateral. Deu certo. A carta na manga do treinador foi bem logo na primeira partida atuando pelo lado, vem em uma boa crescente em campo e atuando também no meio, quando tem oportunidade. O que mostra a versatilidade do jogador, que está sendo e ainda será peça importante ao longo da temporada cheia de compromissos do Galo. 

Aos 20 anos, Rubens já foi aplaudido pela torcida em um Mineirão lotado por conta das boas atuações. O jogador está com moral entre os torcedores e foi o melhor em campo no empate em 0 a 0 com o Palmeiras nesse domingo (5). Na ausência de Arana, titular absoluto da posição, Rubens teve, mais uma vez, o poder de deixar a casa em ordem. 

“Rubens hoje tinha uma missão difícil e ele atendeu da melhor maneira, grande forma. Jogou grande. E é isso. Tem que ter humildade, seguir trabalhando”, disse o treinador ao ser perguntado sobre a atuação do jovem formado na base alvinegra, que conseguiu marcar Dudu, uma das principais peças ofensivas de Abel Ferreira.