Apontar o favoritismo de um dos lados em um clássico como Cruzeiro x Atlético é sempre complicado. E mesmo nas vezes em que é possível perceber um 'desequilíbrio' na disputa, a centenária história do confronto entre os arquirrivais mineiros já mostrou que nem sempre o favorito vence.

No dia em que Cruzeiro e Atlético voltam à se enfrentar, desta vez no Mineirão, a partir de 21h30, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, a reportagem de O TEMPO Sports relembra algumas das chamadas 'zebras' do clássico. Confira:

Amistoso de 1939 (estádio do Barro Preto)
Ainda com o nome com o que foi fundado, o Palestra Itália surpreendeu o futebol mineiro ao vencer o Atlético por 4 a 0 em um amistoso disputado no estádio do Barro Preto. A goleada veio com três gols de Niginho e um de Zezé. Nos dez clássicos anteriores, o Atlético haviam vencido oito e foram registrados dois empates. 

Campeonato da Cidade de 1948 (estádio de Lourdes)
Na disputa que seria o 'embrião' do Campeonato Estadual, já como Cruzeiro, o time celeste venceu o Atlético por 2 a 1, com gols de Nonô e Sabu. O Galo contava com nomes importantes como Kafunga, Ramos, Zé do Monte, Lucas Miranda e Nívio.
Nos dez clássicos anteriores, haviam sido nove triunfos alvinegros e um empate.

Roberto Gomes Pedrosa de 1968 (Mineirão)
No torneio precurssor do Brasileirão, o Cruzeiro tinham em sua equipe nomes como Raul, Zé Carlos, Natal, Dirceu Lopes e Tostão, mas o Atlético contou com um gol de Vaguinho para vencer por 1 a 0. O resultado quebrou um jejum de 10 jogos sem vitórias alvinegras no clássico.

Campeonato Mineiro de 1981 (Mineirão)
O Atlético contava com a base que havia sido vice-campeã brasileiro no ano anterior. No time estavam jogadores como João Leite, Osmar, Luizinho, Jorge Valença, Renato, Heleno e Éder Aleixo. O Cruzeiro entrou com uma formação reserva e mesmo assim fez 1 a 0, com Jacinto. Nos nove clássicos anteriores, o Galo havia vencido quatro e foram registrados cinco empates.

Campeonato Brasileiro de 1999 (Mineirão)
No Brasileirão de 1999, o Cruzeiro terminou a fase de classificação em segundo lugar e pegou logo na primeira fase eliminatória o Atlético, que havia se classificado apenas em sétimo. Só que nas quartas de final, o Galo levou a melhor. E para não deixar dúvidas, venceu as duas partidas: 4 a 2 e 3 a 2. Nos dez clássicos anteriores, o time celeste havia vencido seis, o Atlético uma e ainda foram três empates.

Campeonato Brasileiro de 2002 (Mineirão)
No Brasileiro de 2002, o técnico Vanderlei Luxemburgo já começava a montar a base da equipe que conquistaria a Tríplice Coroa no ano seguinte. O time tinha  Cris, Luisão, Maicon e Leandro na defesa, Augusto Recife e Alex no meio-campo e Marcelo Ramos e Fábio Júnior no ataque. Não foi o bastante. O Alvinegro venceu por 2 a 1, com gols de Paulinho e Souza. Nos dez clássicos anteriores, o Cruzeiro havia vencido três e foram registrados sete empates.

Campeonato Brasileiro de 2009 (Mineirão)
Então sob o comando do técnico Adílson Batista, o Cruzeiro fazia grande campanha na Libertadores e se preparava para enfrentar o River Plate nas oitavas quando teve o Atlético pela frente no Brasileirão. Após a expulsão recorde do atacante Zé Carlos, por uma cotovelada no volante Renan, logo aos 10 segundos de partida, o time celeste foi dominado e perdeu por 3 a 0, com gols de Júnior, Alessandro e Éder Luís. Nos doze clássicos anteriores, haviam sido dez vitórias do Cruzeiro e dois empates. 

Campeonato Mineiro de 2021 (Mineirão)
O Cruzeiro amargava um dos piores momentos de sua história, tanto dentro quanto fora de campo, após ser rebaixado e não conseguir o acesso à elite em seu primeiro ano na Série B. E mesmo contando com um time com vários pratas da casa, venceu o Atlético por 1 a 0, com gol de Airton. Foi o primeiro clássico de Hulk, que acabaria expulso no segundo tempo após briga com William Pottker. Ao final da temporada, o Atlético celebraria a conquista do Triplete: Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão.