A Justiça acatou o pedido da defesa de Wagner Pires de Sá, ex-presidente do Cruzeiro, e adiou audiência do processo que investiga formação de quadrilha e falsidade ideológica.

O processo corre na 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. 

A defesa de Wagner Pires de Sá solicitou, em 2023 uma perícia em computadores apreendidos no Cruzeiro. A intenção era investigar se houve falsificação e alteração nos conteúdos dos HD’s para incriminar o ex-dirigente.

A Justiça, em julho de 2023, acatou o pedido, mas a perícia ainda não foi realizada. Por isso, a defesa de Wagner solicitou o adiamento da audiência de instrução marcada para o dia 12 de fevereiro deste ano.

“A defesa entende que a decisão do Ministério Público e da juíza foi correta, já que essa prova é muito importante para a audiência. É uma perícia pedida há tempos, não há como realizar a audiência sem a perícia”, disse Marco Aurélio de Souza Santos, advogado de Wagner Pires, à reportagem de O TEMPO Sports.

A audiência adiada é do processo que acatou, em 2020, a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais que acusou Wagner Pires e mais nove pessoas (veja ao fim da reportagem) de crimes contra o Cruzeiro.

As práticas envolvem lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de quadrilha. Tais atos teriam ocorrido durante o período em que Wagner Pires de Sá esteve no comando da Raposa, entre 2018 e 2019.

Até hoje, vários desdobramentos do processo surgiram, evidenciando a disputa política entre grupos distintos dentro da associação de futebol do Cruzeiro.

Os acusados são:

  • Wagner Pires de Sá (ex-presidente do Cruzeiro) 
  • ⁠Itair Machado (ex-diretor de Futebol)
  • ⁠Sérgio Nonato, o Serginho (ex-dirigente)
  • ⁠Carlinhos Sabiá (agente de futebol)
  • ⁠Wagner Antônio da Cruz (agente de futebol)
  • Ivo Gonçalves (pai de Estevão William, hoje jogador do Palmeiras)
  • Christiano Richard (empresário de Estevão William)
  • ⁠Cristiano Polastri (ex-presidente do Ipatinga)
  • ⁠Fabrício Visacro (ex-assessor de futebol)


A defesa do ex-presidente Wagner Pires de Sá instaurou investigação defensiva para avaliar se há irregularidades e falsificação de provas contra o ex-dirigente.