CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos abriu o jogo sobre a situação financeira da Raposa durante coletiva de imprensa concedida neste sábado (11) nos Estados Unidos, onde a equipe faz sua pré-temporada. Ele reconheceu que o clube 'ultrapassou os limites das próprias pernas' e segue mais ativo em função de aportes feitos pelo gestor Pedro Lourenço e família.
Ao falar sobre o fim das negociações com o zagueiro argentino Valentín Gómez, do Vélez Sarfield, e declarar o elenco 'fechado', o dirigente explicou que tudo tem ligação direta com o planejamento da equipe para a temporada.
"Para começar, temos que entender o planejamento do clube. O Cruzeiro estava atrás de um zagueiro. Lógico que quando aparece uma oportunidade você tem que aproveitar, como foi o caso do Jonathan (Jesus), que está se transformando em realidade, um jogador que a gente acredita muito. Mas o Cruzeiro estava atrás de um zagueiro", iniciou Mattos.
"Nas conversas que a gente foi tendo, em algumas frentes, algumas foram se afunilando. No caso do Valentín, a gente chegou em algumas etapas em acordos já ditos como feitos e as coisas foram caminhando de sempre ter algo a mais, um empecilho a mais, um pedido a mais. Depois de idas e vindas, a gente estipulou uma data final. Paralelamente, a gente acertou com o Fabrício. Mas o Valentín ainda poderia vir como um 'bônus', acrescentou o dirigente.
Entretanto, ao ser questionado sobre qual o motivo fez o Cruzeiro descartar essa 'oportunidade' de mercado, Alexandre Mattos foi direto.
"O que o torcedor precisa entender é que o Cruzeiro tem que ter responsabilidade. Na verdade, o Cruzeiro hoje já ultrapassou os seus limites das próprias pernas para caminhar. Pedro Lourenço e família que estão fazendo os aportes. O Cruzeiro não tem essa condição. Tem que entender os limites. A gente tem que fazer as coisas com muita responsabilidade. Cruzeiro chegou a seu limite. Aliás, ultrapassou seu limite para tentar trazer o Valentín", reconheceu.
O dirigente não descarta que em outro momento o clube possa até a voltar a pensar na contratação do atleta. Mas ressalta que há uma série de fatores a serem avaliados.
"A gente deixa isso para o futuro. A gente não sabe o que pode acontecer. Lógico que um clube de futebol grande como o Cruzeiro sempre tem que estar aberto às oportunidades, mas, no momento, o que a gente fez foi de maneira organizada, no nosso limite, tentar, para ter um bônus, mas não deu, então segue a vida. Não foi possível. Chega a hora do limite. E o limite financeiro do Cruzeiro foi ultrapassado", voltou a frisar.
Mattos acrescentou que foi por este mesmo motivo que o Cruzeiro buscou ser 'criativo' no mercado em busca do reforços, dando preferências a atletas que estivessem livres no mercado, por exemplo.
"A gente entendeu que não é o momento de dar esse passo a mais. Momento atual é de a gente ter responsabilidade e ser bem assertivo. O Cruzeiro fez nove contratações, mas destas o Fabrício (Bruno, zagueiro) é que teve um investimento alto. O Christian também teve um investimento, um pouco menor. Os outros jogadores, claro, tem salário, tem luvas, mas o Cruzeiro foi muito criativo para montar seu elenco", enumerou o dirigente celeste.
Mais Lidas
-
Especialista aponta cenários das dívidas de Cruzeiro e Atlético
-
Técnico do Mirassol, 'sensação' da Série A, passou pelo Cruzeiro
-
Lucas Silva leva companheiros de Cruzeiro para andar a cavalo
-
Atlético-MG | Próximos jogos, resultados e notícias do Galo
-
O TEMPO Sports | Notícias sobre o futebol, Atlético MG, Cruzeiro, vôlei e mais