Em processo de adaptação ao futebol brasileiro, Lernardo Jardim, técnico do Cruzeiro, já mostrou que não é de 'meias palavras'. Em suas coletivas, o comandante português geralmente não foge dos questionamentos. E reconhece as deficiências da equipe.

Foi o que Jardim afirmou ao ser questionado a respeito da baixa eficácia da equipe no aproveitamento de lances da chamada 'bola parada', em especial nas cobranças de escanteio.

"Temos alguma falta de impacto nas bolas paradas. Em termos de plantel, temos muitos jogadores com alguma dificuldade neste tipo de jogo. Eu vejo isso, você vê, toda gente vê, ninguém é cego", afirmou o treinador após o empate em 1 a 1 com o América, no Mineirão, no duelo de ida das semifinais do Campeonato Mineiro.

O treinador entende que no decorrer do trabalho será possível melhorar o aproveitamento neste quesito.

"Temos que tentar ser mais fortes, com uma melhor organização e com uma melhor capacidade de ter duelos defensivos, quando a gente estiver a defender, e ofensivamente às vezes jogar direto, às vezes jogar curto, aproveitar a dinâmica, o talento de nossos jogadores para ter várias alternativas para jogar", destacou.

Jardim reconheceu que pelas características de seus atacantes, é difícil imaginar o Cruzeiro tentando impor um jogo de muita eficácia nas bolas aéreas.

"Vai ser impossível pensar no Dudu e pensar que ele vai 'subir' 1,80m. Vai ser impossível um Marquinhos, que o Gabigol vá no jogo aéreo, que não é a melhor característica dele. Não é possível mudar os jogadores, então eu tenho que rentabilizá-los de forma a organizar o processo das bolas paradas para tentar conseguir alguma vantagem com as características dos jogadores que temos", concluiu Jardim.

De folga nesta terça (18), os jogadores do Cruzeiro se reapresentam a Leonardo Jardim na manhã de quarta (19) na Toca da Raposa 2.