O zagueiro Mateo Gamarra, mais novo reforço do Cruzeiro, tem uma história de superação. Em sua apresentação oficial pelo Cruzeiro, nesta quarta-feira (19), o atleta revelou um pouco do que viveu quando jogava no Paraguai. Durante a pandemia, o ele exerceu outra profissão: a de pintor. 

"É uma história muito difícil, todo mundo tem. Eu estava jogando profissionalmente e veio a pandemia. Os jogos pararam e o salário não era muito. Então voltei a trabalhar, não devo nada a ninguém, então não tenho vergonha de trabalhar", revelou o jogador.

O atleta ressaltou a importância de seguir ligado com suas raízes e disse que, além de sonhos como jogador, também quer ficar marcado como pessoa. 

"Quando esquecemos de onde saímos, o caminho é mais difícil. Minha mãe e minha família me ensinaram bem que não devemos esquecer o passado para celebrar o que vivemos agora. Por isso, estou muito feliz de estar no Cruzeiro hoje. Tenho sonho de ter uma carreira muito boa, mas também prefiro ficar marcado como boa gente, profissional. Isso é que fica por toda a vida", pontuou.

Sobrenome de peso

O novo defensor celeste também falou a respeito do sobrenome Gamarra, o mesmo do ilustre zagueiro que fez história pelo Corinthians e pela seleção paraguaia. O atleta se disse lisonjeado pela comparação, que segundo ele acontece desde que ele chegou ao Brasil. Mas garantiu que, além de ser do mesmo país e da mesma posição, não há relação entre ele e o ex-jogador.
 
"Desde que cheguei no Brasil, no Athletico, muitos falavam da semelhança com o Gamarra. A trajetória dele ele é muito boa, uma carreira longa. Se lembramos dele até hoje é porque fez grandes coisas. Mas não tenho nada a ver com ele", garantiu.