O Real Valladolid, presidido pelo ex-atacante brasileiro Ronaldo Fenômeno, conquistou apenas 16 pontos em 35 rodadas do Campeonato Espanhol. O desempenho coloca o clube como o segundo pior da história da LaLiga, conforme levantamento do jornal Marca. A equipe já está matematicamente rebaixada antes mesmo do término da competição.

O clube ocupa a última posição na tabela e não consegue mais alcançar os times que lutam contra o descenso, mesmo com três rodadas ainda por disputar. O rebaixamento foi confirmado matematicamente nas últimas semanas.

A campanha do Valladolid fica atrás apenas do Sporting de Gijón da temporada 1997/98, que somou 13 pontos. Na sequência da lista dos piores desempenhos históricos aparecem Granada CF (2016/17), Málaga CF (2017/18) e Córdoba CF (2014/15), todos com 20 pontos em suas respectivas temporadas.

Durante a temporada 2024/25, o clube passou por três treinadores diferentes: Paulo Pezzolano, Diego Cocca e Álvaro Rubio. A instabilidade técnica contribuiu para os resultados negativos da equipe, que manda seus jogos no estádio José Zorrilla, na cidade de Valladolid.

Com nove pontos ainda em disputa nas três rodadas finais, o Real Valladolid pode teoricamente chegar ao máximo de 25 pontos caso vença todos os seus compromissos restantes.

Proprietário do clube, Ronaldo tem sido alvo frequente de críticas dos torcedores em função dos maus resultados apresentados pela equipe ao longo da competição. Até o momento, não foram divulgadas declarações oficiais do ex-jogador ou de representantes do clube sobre o rebaixamento e a campanha negativa.

Ronaldo no Cruzeiro

Já no comando do Real Valladolid, Ronaldo esteve também à frente do Cruzeiro. Após pouco mais de dois anos como dono da SAF, o ex-atacante vendeu sua participação ao empresário Pedro Lourenço, aliado desde o início da gestão.

O Fenômeno assumiu o clube mineiro em 2022, com a promessa de reestruturar a instituição. Com uma administração focada no equilíbrio financeiro, conseguiu tirar o time da Série B, mas enfrentou forte desgaste com a torcida por decisões impopulares e pela ausência de investimentos mais robustos no futebol.

Pressionado, Ronaldo articulou a venda da SAF a Pedrinho, conselheiro e patrocinador histórico do clube. O acordo foi fechado por cerca de R$ 500 milhões.