O Cruzeiro deu mais um passo no processo de fortalecimento de seu futebol feminino: com histórico de sucesso em 11 temporadas como diretora do vôlei feminino do Minas Tênis Clube, Keyla Monadjemi foi contratada pela Raposa para estruturar as categorias de base das Cabulosas.

O clube fez o anúncio oficial da contratação nesta sexta-feira (9/5). No Cruzeiro, Keyla atuará ao lado de Bárbara Fonseca, diretora de futebol feminino celeste desde outubro do ano passado.

Keyla Monadjemi (foto abaixo - redes sociais/reprodução) é formada em publicidade e propaganda, pós-graduada em marketing e especialista em esportes e entretenimento pela New York University (EUA).



 A profissional trabalhava como diretora do vôlei feminino do Minas desde a temporada 2013/2014. E foi responsável não só por quebrar um incômodo 'jejum' como também iniciar uma nova fase vitoriosa na modalidade no clube.

Antes da chegada de Keyla, o vôlei do Minas teve um jejum de 16 anos sem grandes títulos. Depois, sob a gestão da profissional, o clube ganhou praticamente tudo.

No 'currículo' estão as conquistas de cinco títulos do Mineiro, duas Supercopas, três Copas Brasil, quatro Superligas e quatro Sul-Americanos.

A única conquista que o clube não alcançou durante a gestão de Keyla foi o título do Mundial de Clubes de vôlei feminino.

ESTRUTURA

Até o momento, o Cruzeiro mantém apenas a equipe profissional feminina. No ano passado, o clube até disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior feminina, mas por meio de uma 'parceria' com o Atlético Helenense, do interior de São Paulo, que representaram a Raposa na competição.

Além da possibilidade de desenvolver novos talentos para a equipe principal, a criação das categorias de base do futebol feminino também é um dos requisitos determinados pela CBF e pela Conmebol para clubes que disputam as competições profissionais no futebol feminino. 

No ano passado, durante coletiva na Toca da Raposa, Bárbara Fonseca já havia destacado a importância da criação das categorias de base própria. E falou também sobre a dificuldade para transformar o projeto em realidade.

"A gente está tentando correr contra o tempo. Vou pedir desculpa ao torcedor, pois preciso de um tempo maior. A gente esbarra em uma questão de estrutura para desenvolver de maneira ampla essa base do futebol feminino", iniciou a dirigente, na ocasião.

E a intenção, segundo ela, é desenvolver as categorias de base como um todo. "Não pensar só no sub-20, mas em outras idades também: sub-17, sub-15, sub-13... Porque é isso que vai sustentar uma equipe campeã para os anos futuros. A gente vai entregar uma categoria de base à altura do que o torcedor merece", projetou.