Há 25 anos, o Cruzeiro dava o primeiro passo naquela que, para muitos torcedores, é considerada a final de Copa do Brasil mais emocionante das seis já conquistadas pela Raposa em sua história.
No dia 5 de julho de 2000, o Cruzeiro entrava em campo para enfrentar o São Paulo, no Morumbi, no duelo de ida da grande decisão do torneio.
A equipe paulista, então comandada por Levir Culpi, contava com nomes como o goleiro Rogério Ceni, o lateral Belletti, o zagueiro Edmílson, o volante Maldonado, o meia Raí, os atacantes França e Marcelinho Paraíba e era vista como 'favorita'.
O Cruzeiro, por sua vez, vivia temporada até certo ponto instável. Mesmo com a contratação de reforços importantes como Zé Maria, Cléber, Oséas (ex-Palmeiras) e o retorno de Fábio Júnior, após passagem pelo Roma, da Itália, a equipe vinha 'derrapando'.
Primeiro, perdeu a decisão da Copa Sul-Minas para o América, em março. Depois, ainda pela primeira fase do Campeonato Mineiro, foi batido pelo Atlético, resultado que determinou a demissão do então técnico Paulo Autuori.
Desconhecido de parte da torcida, Marco Aurélio foi o escolhido para substituí-lo. E teve um início avassalador, com nove vitórias e dois empates.
Entretanto, a euforia inicial acabou dando espaço para a 'desconfiança', quando o time ficou com o vice estadual, perdendo o título para o Atlético, após aquela que seria a única derrota da Raposa sob o comando de Marco Aurélio (2x1).
Foi em meio a este quadro que o Cruzeiro chegou ao Morumbi. E com um detalhe extra, já que o Tricolor paulista havia eliminado justamente o Atlético nas semifinais. E com direito a uma goleada de 3 a 0 em seus domínios no duelo de ida.
A torcida do São Paulo talvez esperasse algo semelhante diante do Cruzeiro. Mas em campo a situação foi bem diferente.
Mesmo com o São Paulo tento tentado exercer uma pressão, em especial no primeiro tempo, o Cruzeiro soube se portar bem. E ainda contou com boa atuação do goleiro André.
A Raposa ainda teve algumas boas chances de abrir o placar, apostando na velocidade do então garoto Geovanni, de apenas 20 anos. Mas foi a vez de Rogério Ceni fazer a diferença.
Ao apito final do árbitro Antônio Pereira da Silva, a torcida do São Paulo lamentou o placar em branco, mas seguia confiante na conquista do título. Afinal, um empate com gols no duelo de volta seria o bastante, pois, conforme o regulamento da época, gol na casa do adversário era critério de desempate.
O Cruzeiro, por sua vez, contava com a força da Nação celeste para lotar o Mineirão na finalíssima. Mas essa já é outra história...
Maior campeão da história da Copa do Brasil, com seis títulos, o Cruzeiro conquistou as taças em 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0x0 CRUZEIRO
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Belletti, Edmílson, Rogério Pinheiro e Fábio Aurélio; Alexandre (Fabiano), Maldonado e Raí; Sandro Hirosi (Carlos Miguel), França e Marcelinho Paraíba. Técnico: Levir Culpi
CRUZEIRO
André; Rodrigo, Cris, Cléber e Sorín (Alonso); Marcos Paulo, Ricardinho, Donizete Oliveira e Jackson (Viveros); Oséas e Geovani. Técnico: Marco Aurélio
Motivo: Jogo de ida da final da Copa do Brasil 2000
Local: Morumbi, em São Paulo
Data: 5 de julho de 2000
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Cartões amarelos: Belletti, Alexandre e Maldonado (SP), Marcos Paulo e Ricardinho (C)
Público: 52.752 pagantes