Deputados estaduais membros da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitarão o Mineirão nesta quinta-feira (21/8). Objetivo é verificar a situação do gramado e da solicitação para retirada de cadeiras do setor Amarelo do estádio.

O requerimento para essa retirada foi efetuado por Coronel Henrique (PL), que preside o colegiado. Na Casa, tramita um Projeto de Lei de autoria do parlamentar Bruno Engler (PL), que prevê a disponibilização de setores sem cadeiras em arenas do estado.

O Estádio Governador Magalhães Pinto é administrado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), e a concessionária Minas Arena. Acordo, assinado em 2010, é válido até 2037.

Foram convidados para a visita da comissão representantes da Minas Arena, Federação Mineira de Futebol (FMF), Câmara Municipal de Belo Horizonte, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), além de pessoas ligadas ao Cruzeiro. Clube celeste é o principal cliente do Mineirão.

Além de verificação da manutenção do campo, alvo de críticas por membros do time de futebol e do pedido sobre as cadeiras, os deputados levantarão informações sobre o calendários de eventos até o final do ano. Além de partidas de futebol, estádio é um dos principais locais de shows da capital mineira, tanto em sua esplanada, quanto em seu gramado.

Amarelo Sem Cadeiras

Partes das torcidas organizadas do Cruzeiro, iniciaram um movimento chamado "Amarelo Sem Cadeiras", cujo objetivo é retirar os assentos do setor citado. Iniciativa é benquista pelo clube mineiro e está em fase de análise pela Minas Arena.

No fim de maio de 2025, houve uma audiência pública na Comissão de Participação Popular da ALMG para debater o assunto. Nela, ficou claro que todas as partes envolvidas tendem a colocar em prática a ideia.

Conforme a administração do Mineirão, estão sendo feitos estudos para viabilizar a mudança, que geraria impactos, por exemplo, no aumento de peso sobre a estrutura da arquibancada e no número de catracas e banheiros, por exemplo, levando em conta que a capacidade do estádio aumentaria. Caso ela aconteça, todos precisam ter ciência que, em algumas ocasiões, as cadeiras precisariam ser alocadas novamente, especialmente para a Copa do Mundo Feminina de 2027.

Seria necessária a aprovação de diversos órgãos, como governo estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (COPCM-BH).