Antes do início da partida entre Cruzeiro e Internacional neste sábado (23/8), às 18h30, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Mineirão e o clube celeste, em ação conjunta, prestaram uma homenagem ao gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, assassinado em Belo Horizonte no dia 11 de agosto pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47, que confessou o crime. Laudemir era torcedor da Raposa. 

A esposa, Liliane França da Silva, familiares e colegas de trabalho do gari estão no Gigante da Pampulha e foram recebidos em um camarote do estádio pelo presidente do Cruzeiro, Pedro Lourenço. O caso ganhou repercussão nacional. 

O crime

Na manhã de segunda-feira (11/8), por volta das 9h, houve uma confusão no trânsito no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. Um caminhão de coleta de lixo estava parado quando um carro BYD cinza, vindo na direção contrária e dirigido por Renê da Silva Nogueira Júnior, se aproximou. Ele sacou uma arma e ameaçou a condutora do caminhão, dizendo que “iria atirar na cara” dela. Logo depois, ele atirou contra o gari Laudemir de Souza Fernandes, que estava trabalhando na coleta.

O gari foi atingido na região torácica, próximo às costelas, e socorrido ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos. Após o disparo, o suspeito fugiu no mesmo carro BYD cinza e foi localizado pela polícia na tarde do mesmo dia, enquanto malhava em uma academia de alto padrão no bairro Estoril. Ele foi preso sem oferecer resistência. Conforme relatos das testemunhas, pouco antes de ser atingido, Laudemir teria dito: “Acertou em mim”. Testemunhas que estavam no local do crime afirmaram que o suspeito “saiu tranquilo e com semblante de bravo” após atirar na vítima.

Renê confessou ter matado gari

Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, confessou ter matado o gari Laudemir durante interrogatório no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), uma semana após o crime, na segunda-feira de 18/8. Segundo a Polícia Civil, o empresário alegou que efetuou o disparo durante uma discussão de trânsito. Ele também afirmou que a sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, não tinha conhecimento que ele havia se apoderado de sua arma, uma pistola, calibre .380.