Se fosse somente pelas imagens, que mostram o técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, puxando o árbitro Flávio Rodrigues de Souza pelo braço e pela camisa no jogo contra o CSA, sua expulsão já era justificável. No entanto, conforme o profissional de São Paulo e do quadro da Fifa, ele foi ofendido e ameaçado pelo treinador uruguaio.

Aos 43 minutos do primeiro tempo, Rômulo, da Raposa, sofreu uma dura entrada na lateral-direita, passível de cartão vermelho para o jogador do Azulão. Revoltado com a falta, Pezzolano, na frente do acontecimento, reclamou com o árbitro, que deu apenas cartão amarelo a Edson, e ainda pediu a revisão do VAR.

"Após receber um cartão amarelo por reclamar ostensivamente solicitando a intervenção do VAR, o mesmo me segurou pelo braço desrespeitosamente. Ato contínuo, apliquei o segundo cartão amarelo ao referido treinador, que me segurou pelo colarinho da camisa", escreveu Souza na súmula.

Ele ainda citou o que teria dito o cruzeirense, expulso pela segunda vez em aproximadamente uma semana. "'Seu cagão, seu merda e filho da p*. Vamos resolver depois do jogo'. Informo ainda que durante este protesto o treinador precisou ser contido pelo seu auxiliar técnico. Por fim, concluo que me senti ofendido e desrespeitado por essa ação", falou o juiz.

Desculpas e críticas

Em coletiva de imprensa no estádio Rei Pelé, após o empate por 1 a 1, Pezzolano prometeu que não fará mais isso. "Eu errei. O treinador também é um ser humano. Com muitos jogos, a cabeça fica carregada, querendo os jogadores sempre bem. Eu não farei mais isso, e prometi aos jogadores, o mais importante. Tenho que me acostumar rápido", se justificou.

O uruguaio também reclamou que marcações "estranhas" vem acontecendo frequentemente em partidas do clube celeste. "Eu não quero falar muita coisa, pois se vê tudo na televisão. Isso está acontecendo muito com o Cruzeiro. Não sei se é porque estamos muito acima e querem que baixemos a bola", completou.