O Cruzeiro divulgou nesta quinta-feira o detalhamento das demonstrações financeiras intermediárias dos cinco primeiros meses do ano, que dão conta de um déficit do clube na ordem de R$ 259 milhões. O documento traz também um balanço, auditado por Matheus Damasceno Rocha, diretor de controladoria e finanças do clube, sobre as movimentações das dívidas que o clube possui na Fifa, trazendo um alento quanto ao mais preocupante débito, o que envolve a transferência de Denílson junto ao Al Wahda.
De acordo com o clube, as 'negociações com Al Wahda se encontram em estágio avançado para pagamento, dependendo da entrada de novos fluxos de caixa'. A Raposa ainda aguarda a solução de um imbróglio judicil envolvendo a Sede Campestre II, na rua das Canárias, que teve a venda restringida a pedido da União, para poder efetuar a alienação do imóvel, revertendo o dinheiro na solução do problema envolvendo os árabes. A dívida com o Al Wahda é de R$ 5,3 milhões e pode render ao clube, em caso de não pagamento, o rebaixamento à Série C.
Na Fifa para receber
No mesmo documento, o Cruzeiro também aponta outras pendências que pleiteia na Fifa, dessa vez para o recebimento de valores. São três processos. Um em que a Raposa cobra 60 mil euros do Gil Vicente, de Portugal; outro que o clube busca o pagamento de 56 mil euros pelo mecanismo de solidariedade da Fifa relacionado à transferência do zagueiro Bruno Viana do Olympiacos, da Grécia, ao Sporting Braga, de Portugal; além de da negociação de Dudu pelo Palmeiras ao Al Duhail, dos Emirados Árabes Unidos, pelo valor total de 7 milhões de euros, o qual o clube, também pelo mecanismo de solidariedade, possui um contas a receber com o clube árabe no valor de 107 mil euros. Juntos, os valores somam 223 mil euros que, na cotação atual, correspondem a R$ 1,4 milhão.
Dívidas que ainda estão em discussão
No mesmo detalhamento, o Cruzeiro aponta as situações das dívidas relacionadas aos atletas Riascos e Arrascaeta. Quanto ao atacante colombiano, o clube celeste possui um débito com o Mazatlán, do México (ex-Morelia), inicialmente em 1,145 milhão de dólares (hoje R$ 6 milhões). Já com o uruguaio, a dívida celeste é com o Defensor, do Uruguai, e a cobrança inicial do clube uruguaio era de 1,15 milhão de euros (hoje R$ 7,2 milhões).
O clube também explora a situação de Rodriguinho no documento. O Pyramids, do Egito, acionou a Fifa pela dívida não paga da transferência de Rodriguinho. O valor total da transferência foi US$ 7 milhões, mas o clube só pagou US$ 1 milhão, e ainda deve possui parcelas vencidas na ordem de US$ 3 milhões, e ainda uma parcela final de outros US$ 3 milhões a vencer em 31 de janeiro de 2022.