Os candidatos derrotados na eleição para presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro prometem uma ação nos próximos dias para contestar a vitória de Paulo Pedrosa para o cargo. Uma reunião está marcada para os próximos dias. Eles chegaram a descartar uma contestação, mas mudaram de ideia. Segundo colocado na disputa, Giovanni Baroni, que teve dez voto a menos que Pedrosa, publicou um vídeo em suas redes sociais neste domingo (24) prometendo agir. Ele não informou se será por medida judicial ou não.
"Vamos tentar fazer alguma coisa sim para essas eleições que tiveram. Elas podem ter sido legais, com as liminares que os conselheiros conseguiram, mas são no mínimo imorais. As liminares mudaram todo o contexto da eleição. Esse candidato não vai ter legitimidade para governar o conselho deliberativo, uma vez que ele teve 30% do apoio e 70% que não o apóiam. Não vai conseguir aprovar nada", ressaltou Baroni.
Dos 30 conselheiros do Cruzeiro excluídos pelo clube em abril, 29 conseguiram liminar na Justiça para participar das eleições. Isso foi crucial para o resultado. Durante a apuração, Giovanni Baroni liderou as quatro primeiras urnas, com Paulo César Pedrosa e Paulo Sifuentes alternando na segunda posição nessas parciais. Mas a última urna, onde estavam os conselheiros que tinham sido excluído, acabou sendo decisiva para a virada de Pedrosa.
Até a quarta urna, Baroni vencia, com 97 votos, contra 87 de Pedrosa. Mas, na última urna, Pedrosa recebeu 25 votos e, Baroni, apenas 5, virando a disputa. "Por que essas pessoas foram votar mesmo sofrendo o risco pela manifestação da torcida? Simples, pra salvar a própria pele", ressalta Baroni.
"A imoralidade no Cruzeiro tem que acabar. Peço apoio da torcida e dos conselheiros para que isso não aconteça mais. Precisamos purificar o Cruzeiro. Não podemos ceder a essas artimanhas", completou Baroni.
O Super.FC procurou o candidato vitorioso Paulo Pedrosa, que toma posse no próximo dia 1º, mas ele disse que não vai se pronunciar. Presidente da comissão eleitoral, o ex-presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares disse que dificilmente uma decisão como a desta quinta terá fundamentos para ser contestada.
"Todos assinaram concordando que os votos desses conselheiros (excluídos) seriam contabilizados. Acredito que não vai haver recurso porque eles não teriam base para recorrer", explicou Gilvan, logo após a divulgação do resultado, na quinta-feira.