O Cruzeiro não utilizará o Mineirão para seus jogos como mandante no Campeonato Mineiro. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (23) por Samuel Lloyd, gestor do estádio.

"O Mineirão foi avisado. O Cruzeiro disse pra gente que segue com o Independência esse ano. A gente não sabe exatamente qual o volume de jogos, mas pelo menos do Campeonato Mineiro nós já temos essa informação", afirmou Lloyd durante participação no programa Os Donos da Bola, da Bandeirantes.

A reportagem entrou em contato com o Cruzeiro para ouvir a versão do clube, mas até agora não teve retorno. 

Durante a mesma entrevista, Samuel Lloyd afirmou que o Mineirão é um 'multiplicador de receitas' e explicou a diferença de receitas do Cruzeiro no Mineirão e no Independência.
 
"Ano passado o Cruzeiro jogou contra o Grêmio, um grande jogo no Independência. Ali o Cruzeiro teve uma renda líquida de R$ 375 mil, algo assim, não me lembro de cabeça. Quando você pega o resultado do Mineirão, ao longo desses 23 jogos, é uma média de renda líquida de mais R$ 700 mil. Então se você olha só o custo do Mineirão e compara com o custo do Independência, é obvio que sempre o custo maior será do Mineirão. Mas o que o Mineirão entrega para os clubes é o resultado, é renda, é dinheiro no bolso, é multiplicador de receita para clubes", afirmou Samuel Lloyd.

Em função dessa opção do Cruzeiro em mandar seus jogos no Independência, o clássico contra o Atlético, que inicialmente estava marcado para 12 de fevereiro, um domingo, foi transferido para a segunda-feira (13), no Independência.

O Cruzeiro ainda não fechou contrato com o Mineirão para a temporada 2023. O clube celeste ainda teria um débito da ordem de R$ 30 milhões com os gestores do estádio, dívidas estas contraídas desde a gestão anterior da Raposa.