Explicações

Cruzeiro: Presidente nega insegurança em 'sobe e desce' entre base e principal

Mandatário celeste reforçou confiança em decisões técnicas do futebol, e também espera solução na FIFA para poder registrar novos atletas

Por Josias Pereira
Publicado em 24 de setembro de 2020 | 15:23
 
 
 
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O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, foi questionado pela torcida em relação a rotatividade dos jogadores da base no elenco profissional. Com vários atletas alternando entre o time profissional e voltas à equipe sub-20, como caso recente de nomes como Riquelmo, Caio Rosa, Alexandre Jesus e até mesmo Vinícius Popó, além de peças que estão no elenco atual, caso do lateral-esquerdo Matheus Pereira, que também esteve nesse rodízio entre as categorias de base e a chance na equipe principal. 

O presidente destacou o papel de Célio Lúcio, auxiliar que participa dessas tomadas de decisões, negando que exista qualquer tipo de insegurança por parte do futebol celeste ao avaliar esses garotos. O dirigente também confia que o impedimento de registro de atletas seja derrubado na FIFA ao menos até a próxima semana, possibilitando ao Cruzeiro a inscrição de novas peças no elenco. A diretoria não confirma, mas os meias Matheus Índio e Giovanni aguardam apenas a resolução do imbróglio para acertarem os trâmites legais com a Raposa, assim como o atacante colombiano Angulo, que voltou a Belo Horizonte. 

"O Célio Lúcio é um auxiliar técnico do clube, ele é ouvido assim como toda a nossa comissão. Então, como a gente sempre bate nessa questão das nossas decisões serem técnicas, tanto o Célio Lúcio, uma parte integrante dessa comissão, ele também é um dos ouvidos nessa transição de quem está apto a subir, contribuir, e de quem não está. Mas podem ter certeza que a gente caminha para fazer cada vez mais um elenco forte. Acreditamos aí que vamos ter, sim, boas novidades, até semana que vem, resolvendo esse problema do registro de jogadores, integrando novos jogadores ao elenco profissional e sempre podendo contar com esses jovens da  base para ter um elenco cada vez mais sólido e forte para subir à Série A", apontou Sérgio Santos Rodrigues, em live nesta quinta-feira.

O dirigente explicou o motivo de contar com os garotos nesse esquema de rodízio entre base e o time profissional. Uma forma de também cumprir e antecipar situações devido à pandemia do novo coronavírus.  

"A convicção é total no nosso projeto técnico. A primeira questão desse 'sobe e desce' que chamam, é que não há uma insegurança.No começo, a gente acabou tendo que registrar diversos jogadores, o elenco do Cruzeiro não era muito grande. A gente sabe a situação que foi deixada, vários jogadores saíram, inclusive por falta de pagamento de salário, então a gente inscreveu vários jogadores de base para ter um elenco maior por causa da Covid-19. A gente vê hoje que o Flamengo está em uma briga dessas, vários jogadores com Covid, o jogo parece que está mantido contra o Palmeiras, e o clube terá que pegar os jogadores de base. Então é por isso que os jogadores estavam inscritos e jogando com o time profissional. Não tinha competição sub-20 acontecendo naquele momento. A gente tinha que deixar os jogadores juntos a nós porque caso tivéssemos casos de Covid, a gente tinha que ter um número maior de atletas disponíveis", salientou o presidente, destacando que as mesmas medidas são tomadas em grandes clubes do futebol mundial. 

"Agora as competições sub-20 voltaram, então é normal que jogadores como Gui Mendes, Caio Rosa, Riquelmo, Alexandre Jesus, voltem agora para jogar no sub-20, enquanto o profissional treina. Mas eles estão registrados no Brasileiro também, para caso tenham alguma urgência eles possam subir. Ressalto que esse é um procedimento normal em qualquer clube do mundo, se você visitar grandes clubes como o Real Madrid, Barcelona, Manchester City, quando você tem jóias, meninos de 18 anos que são muito bons, é normal que eles treinem no time de cima e desçam só para jogar. Ou, às vezes, treinam no time de baixo e são convocados para os jogos de cima. Isso não quer dizer que há a insegurança. Pelo contrário. Acho que isso é muito positivo. É sinal que a gente tem um elenco forte também dentro da base e a gente pode contar com esses jovens em qualquer momento", pontuou o dirigente. 

O Cruzeiro está impedido de registrar atletas devido ao imbróglio com o Zorya, que alega irregularidades nos documentos que viabilizaram o acerto com o time celeste. A Raposa, por sua vez, contesta, mas não há um prazo da FIFA para que a solução seja apontada. O clube estuda, além de meios legais, com uma incursão na Corte Arbitral do Esporte, a possibilidade de pagamento aos ucranianos, encerrando assim a pendência. 

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