Um dia D para o Cruzeiro. A Raposa vai para um verdadeiro tudo ou nada diante do Internacional, nesta quarta-feira, no Mineirão, para voltar a vencer na temporada e também balançar as redes após sete jogos de um incômodo jejum. Em meio a tudo isso, além da premiação milionária que pode ajudar os cofres do clube, que sofre com os bastidores intensos de seus administradores, o time também joga por Mano, que parece ter chegado ao último suspiro no comando estrelado.
Os jogadores sabem disso e também jogam pelo comandante. Depois de Pedro Rocha, Robinho externou sua admiração ao treinador, que o acompanha praticamente desde a chegada à Toca da Raposa II.
“Eu quando vi a entrevista dele, fiquei até preocupado, porque não quero que ele saia, de maneira alguma. Ele já está aqui há três anos, chegamos praticamente juntos, e tudo que conquistamos foi através dele, nos ajudando muito. Ele tem todo o respeito do grupo, então realmente fiquei preocupado. Ainda bem que a diretoria entendeu que a gente precisa dele. E nós jogadores entendemos assim. Entendemos que depois dessa quarta-feira as coisas vão melhorar”, promete o atleta, que também aponta alguns caminhos para uma melhoria imedita, como honrar mais a camisa e colocar a cara à tapa.
“Nós jogadores é que precisamos de um pouco mais de responsabilidade, colocar a cara e render um pouco mais. Correr mais, ficar mais com a bola, fazer algo diferente. Se perguntassem como vocês (jornalistas) vão escalar o time, creio que 90% seria o mesmo time que o Mano está escalando. Nós jogadores também. Então a culpa não é do Mano, e sim nossa. Temos que render mais, honrar mais a camisa, nos dedicar mais.Precisamos fazer algo diferente. Claro que o Mano tem a responsabilidade de colocar a gente em campo na parte tática, porém dentro de campo precisamos fazer o que ele pede e construir os resultados”, ressalta o jogador.
A hora dos medalhões
Momento dos medalhões do elenco, jogadores tarimbados, também darem seu gás a mais para tirar o Cruzeiro dessa situação. A experiência tão falada do elenco também se encaixa no atual estágio para variadas situações dentro de uma partida em casa que promete ser cercada por muita tensão.
"Acho que essa experiência é para blindar mesmo dentro de campo. Pressão está vindo de todos os lados, torcedor tem razão em estar chateado com o time, esperamos contar com o apoio da torcida nesse momento de dificuldade. Mas se, de repente, a nossa torcida estiver vaiando em algum momento dentro do jogo é para isso que serve a experiência neste momento para separar as coisas dentro de campo e nos momentos de dificuldade, ali no jogo, a gente sair da situação contrária o mais rápido possível", disse Robinho, salientando que buscar uma vitória contra o Internacional passa a ser o principal objetivo do ano.
"Essa vitória é a mais importante do ano. Não só por ser uma semifinal, mas pelo momento que a gente vem vivendo, com muitos jogos sem vencer, sem fazer gols, é de extrema importância", concluiu.