Com muita tranquilidade e um discurso claro e direto, Zé Ricardo, novo técnico do Cruzeiro, foi apresentado oficialmente na Toca da Raposa. Sem se esquivar de nenhuma pergunta feita pelos jornalistas, o agora comandante do elenco estrelado falou sobre como pretende resolver problemas como rejeição da torcida, melhorar os números do ataque e trazer o time de volta ao caminho das vitórias.
Há oito partidas o Cruzeiro não vence um jogo pelo Brasileirão. O que culminou a queda de Pepa, após empate por 0 a 0 com o Bragantino. Aparentemente sem plano B, a SAF de Ronaldo demorou uma semana para oficializar Zé Ricardo na vaga do português. A troca de comando, inclusive, foi vista como uma derrota por Pedro Martins, diretor de futebol.
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“A gente veio e fez reflexão com todos os atletas, com todo o staff para que todos entendessem que a troca de um treinador não é vitória para ninguém. E é assim que a gente conduz as coisas no Cruzeiro. A convicção nos fez com que a gente trocasse (de treinador) mas a avaliação é que todo mundo é parte disso. E nesse ponto que a gente, inclusive, leva de diagnóstico para o Zé Ricardo porque a gente tem clareza do quanto a gente pode tirar desse elenco”, explicou Pedro Martins.
Dentro desse cenário, Zé Ricardo conta que chega com a expertise de quem já construiu cenários positivos em outros clubes brasileiros pelos quais passou. No Flamengo, em 2016, pegou a equipe também no meio do caminho e terminou aquela campanha como terceiro colocado no Brasileiro. Em 2017, pelo Vasco, engrenou uma série invicta de 11 jogos, que levou o cruzmaltino à disputa da Libertadores do ano seguinte. E até explicou o motivo de não ter conseguido livrar o japonês Shimizu S-Pulse do rebaixamento.
“Era totalmente diferente, a cultura nova e chego no clube com uma dificuldade muito grande de pontuação. A gente já tinha uma conta uma situação bem complicada, consigo me recuperar bem, mas, não foi suficiente para a gente conseguir o objetivo lá”, detalhou.
Rejeição da torcida e resultados
Em vários momentos, Zé Ricardo se disse satisfeito por estar em um grande clube como o Cruzeiro. E que o futebol atual exige e muito do treinador e de seu elenco. “Exige intensidade, exige e agressividade. Nós temos um grupo na média de 25,2 anos de idade, um grupo jovem que eu acho que pode entregar isso ao Cruzeiro. Se em algum momento tiveram dúvidas que possa acontecer (os resultados), eu não tenho dúvidas(…). A gente vai ter uma estratégia de vencer”, prometeu.
E ainda frisou: “Afirmo que teremos uma equipe agressiva, que compita durante os 90 minutos do tempo e busque o gol, de forma equilibrada e constante. Dessa forma, espero que a torcida se sinta representada".
Por falar em torcedor, Zé Ricardo sabe que seu nome não é unanimidade entre a China Azul. Mas pediu uma chance de mostrar o seu trabalho antes do julgamento prévio. E já deu pistas de como vai motivar os jogadores no processo. “A partir do momento que a gente consegue esse equilíbrio, as vitórias, os jogadores vão ver e ter muita confiança que isso (má fase) já passou”, finalizou.