O retorno do ex-jogador Tinga a Belo Horizonte no dia da transferência da SAF do Cruzeiro para Pedro Lourenço gerou especulações entre os torcedores sobre a possibilidade de Tinga assumir um cargo na diretoria da Toca da Raposa. No entanto, o ex-meio-campista esclareceu que sua visita à cidade foi para o lançamento de seu novo livro 'Chamando Atenção da Sorte' e não para retornar ao futebol.
"Hoje não tem como eu voltar mais ao futebol. Até porque o futebol tem que mergulhar profundo. O torcedor não vai aceitar você estar no campo ali e estar pela metade. E torcedores não merecem isso", descartou o ex-jogador, em entrevista a O TEMPO Sports.
Tinga chegou a ser gerente de futebol do Cruzeiro em 2017, mas se desligou do cargo logo depois da conquista da Copa do Brasil, no final do ano. "Quando eu voltei para o Cruzeiro, eu acredito que eu voltei pela maneira que eu saí. O Cruzeiro me fez a escola, o Cruzeiro me treinou como gestor de futebol. O que o Alexandre Matos fez comigo como jogador, sem ele saber praticamente, ele me treinou para ser um gestor de futebol", relembrou.
Atualmente, Tinga tem se dedicado aos negócios que abriu em parceria com outros ex-atletas, além de promover palestras pelo Brasil e eventos de lançamento do novo livro, que não apenas repassa pelos principais momentos da carreira de atleta, mas que também aborda o período em que o gaúcho precisou se reinventar após se aposentar do futebol.
"Hoje estou fazendo a minha vida em outros negócios, cuidando da minha vida privada. Abri uma agência de turismo com três jogadores de futebol, meus primeiros três clientes. O Léo (ex-zagueiro do Cruzeiro) foi um deles. Hoje nós atendemos mais de 200 jogadores no mundo todo. E o nosso forte nem é o futebol mais. As maiores empresas do Rio Grande do Sul são todas nossas clientes no corporativo".
"Depois eu acabei investindo em hotéis, parques temáticos, em Gramado-RS. Inclusive o Léo também é sócio de um negócio comigo. Então fui para esse mercado de turismo. Comecei a inventar algumas coisas, começaram a dar certo. E aí eu falei, caramba, hoje não tem como eu voltar mais ao futebol", explicou.