Mudanças

Fábio e Robinho: velhos novos aprendizes se adaptam ao estilo de Ceni

Goleiro tem trabalhado mais com os pés, enquanto meia está sendo preparado para jogar em funções diferentes

Por Josias Pereira
Publicado em 24 de agosto de 2019 | 07:00
 
 
 
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Rogério Ceni chegou ao Cruzeiro com ideias claras. E até mesmo atletas com rodagem vão se adaptando às filosofias de jogo do novo comandante. Convicções que se baseiam na proposta de melhorias que o técnico almeja para o elenco estrelado. Os chamados velhos novos aprendizes começam lá atrás, precisamente no gol. Fábio, aos 39 anos, tem se dedicado nos últimos treinos ao trabalho de saída de bola. Rogério também gosta de goleiros com a bola no pé e que saibam proporcionar oportunidades ofensivas com lançamentos precisos. 

“Fico muito contente por ele confiar no que eu falo pra ele. Não tenho nada para ensinar ao Fábio como goleiro, mas de começar a trabalhar a bola com o pé, fazer um passe, dois, três lançamentos. Fico muito feliz por ver um cara de quase 39 anos, já consagrado, campeão, tentar acrescentar algo mais ao estilo de jogo”, disse Ceni ao avaliar o que tem buscado trabalhar com o camisa 1 do Cruzeiro. 

A própria zaga do Cruzeiro tem buscado o famoso passe que quebra as linhas adversárias. Mas essa característica pode se intensificar com outra peça do elenco que vem buscando aperfeiçoar o seu jogo: Robinho. Números do "Footure", perfil especializado em análise esportiva, e computados até a 14ª rodada do Brasileirão mostraram a eficiência do camisa 19 do Cruzeiro no chamado "Key Passes", o passe que gera uma finalização do companheiro. 

Robinho estava no topo no quesito mesmo com a Raposa  vivendo ainda um Brasileirão oscilante. O meia celeste registrou uma média de 5,28 Key Passes a cada 90 minutos. Duas características mostram a eficiência de Robinho em faixas específicas do campo: os passes são na maioria das vezes do lado direito, sendo que as chances que ele cria são para a sua esquerda. Passes esses que são dados em diagonal. 

Não à toa, Robinho ainda lidera o número de assistências do Cruzeiro no ano, com oito. Aos 31 anos, Robinho vem sendo preparado por Ceni para atuar em duas posições específicas - segundo volante ou meia - e não mais aberto como ponta pela direita. "Não consigo ver o Robinho jogando pelo lado do campo. Prefiro ele como meia ou como segundo volante por dentro. Essa é a característica que vejo no Robinho e em alguns outros jogadores”, disse o técnico estrelado em entrevista à Rede Bandeirantes. 

Atuando por dentro, existe a tendência de que Robinho aprimore ainda mais seu poder no último passe e fortaleça também a figura do segundo volante clássico, que sai para o jogo com possibilidade de quebrar as linhas com sua visão mais plena do jogo. "É um jogador um pouco mais velho, mais experiente, com qualidade no passe, mas nós vamos tentar adaptá-lo por dentro para dar mais minutos, vamos tentar colocar mais ele para explorar a principal característica que ele tem", ressaltou Rogério. 

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