Diego Armando Maradona, ídolo do Boca Juniors, concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal argentino "Clarín" falando sobre o momento do time "Xeneize". A equipe venceu o Colón, no último fim de semana, e deu uma amainada na crise que havia se instaurado após a derrota para o River Plate, no Superclássico, e também na Copa Argentina, para o Gimnasia.
O ex-jogador criticou a defesa do time comandado por Schelotto e pediu para que o time esqueça o que aconteceu com o River Plate, mas se preocupe apenas em ajustar as deficiências constatadas ao longo desta temporada.
"Boca tem que cuidar do Boca. Não é um problema do River contra o Boca. Porque Boca tem problemas com Patronato, com Rosario Central, com Defesa Y Justicia ... A questão é que falar sobre um amigo como o Mellizo me custa. Eu digo isso com a melhor boa fé do mundo: Boca contra River não jogou nada. Doeu muito. Tendo Tevez, Benedetto, Wanchope, este e o outro ... Eles trouxeram tudo. É como a boca do 81. Tivemos a sorte de ser campeões. Eles também: Boca é um bicampeão, mas o Boca não convence. É o problema do cobertor curto. É o Boca, todos querem seguir em frente e quando têm que defender, é o problema", disse Maradona.
O eterno camisa 10 ainda mostrou-se bastante pessimista quanto a uma possível eliminação do Boca. O tropeço poderá acarretar na demissão de Schelotto. O time argentino joga também sua vida no Mineirão nesta quinta-feira, às 21h45.
"Penso que sim (fim de ciclo). Parece-me que o ciclo pode terminar se a Copa não vencer, é o grande medo. Mas quem fica? Se falamos que não há técnico para a Seleção Argentina. E a seleção argentina é como o Boca. Quando eu estava na Argentina, Gallardo estava quase lá. Agora ele venceu o Boca e ele é o técnico que ganha 30 milhões de dólares. O futebol é assim, é um carrossel. E os técnicos entram nessa", destacou o "Pibe de Oro".