O Boca Juniors ficou no passado. A Libertadores também. Ao menos a deste ano. No entanto, para chegar até o torneio continental na próxima temporada, o caminho mais curto bate à porta do Cruzeiro já na próxima quarta-feira, quando encara o Corinthians, no Mineirão, iniciando a jornada final em busca do hexacampeonato da Copa do Brasil. Mas, mesmo que os argentinos não ocupem mais a mente, o que aconteceu no Gigante da Pampulha apresenta-se como um alerta.

“Nós não usamos esse termo crítica, só analisamos, apontamos o que fizemos de bom e de não tão bom. Assim vamos nos ajustando até chegar a um ponto favorável”, disse o volante Henrique.

E tornar as coisas propícias para o Cruzeiro passa por retomar a condição do estádio como um alçapão nos mata-matas. A Raposa não sabe o que é vencer uma partida eliminatória no Mineirão desde o 2 a 0 sobre o Atlético, resultado que garantiu ao time celeste o título mineiro.

Depois disso, a Raposa acumulou um 1 a 1 com o Atlético-PR, pelas oitavas da Copa do Brasil; perdeu para o Santos por 1 a 0, nas quartas de final do torneio nacional; depois, foi derrotado para o Flamengo também por 1 a 0, dessa vez pelas oitavas da Libertadores; empatou com o Palmeiras por 1 a 1 nas semifinais da Copa do Brasil e voltou a registrar o mesmo placar frente ao Boca, quando foi eliminado da competição continental nas quartas de final.

Contra o Corinthians, a situação para o Cruzeiro se inverte e vencer no Mineirão será mais do que fundamental para executar um jogo sólido na volta, no dia 17 de outubro, no Itaquerão. Para construir o resultado, não há outro jeito, a Raposa precisa de gols. “Nosso intuito é fazer gols dentro de casa e levar uma vantagem para o segundo jogo. Mas precisamos ter equilíbrio, saber jogar o jogo”, analisou o meia cruzeirense.

Foram apenas três gols nesses duelos mesmo com o time criando chances. Seria uma espécie de ansiedade batendo à porta? “A gente precipitou um pouco as jogadas no primeiro tempo, em duas ou três chances o Boca deu a bola, e nós, na ânsia de querer fazer a jogada, acabamos devolvendo a bola. O torcedor também está ansioso e, quando você pega a bola, ele quer que você vá em direção ao gol sempre. Em jogo grande, não dá para ir em direção ao gol 20 vezes em cada tempo”, pontua Mano Menezes.

Na quarta, o time precisa ser letal e terá que fazê-lo com ainda mais inteligência sem Sassá e Arrascaeta. O baque da Libertadores terá que se transformar no ponto de virada para o hexa. “A gente tem que ir para cima, buscar os resultados dentro de casa, fora já buscamos, mas dentro de casa precisamos ser fortes com o apoio do nosso torcedor, com todos nós concentrados, focados no objetivo. Em uma final, tenho certeza de que todos vão dar seu melhor, o máximo para que o título continue conosco”, concluiu Henrique.