Ronaldo não se manifestou após a confusão ocorrida no Durival de Britto. O dono da SAF do Cruzeiro estava no estádio, apareceu bastante antes de a bola rolar e foi até o gramado, mas depois da invasão dos torcedores do Cruzeiro no campo, ficou quieto numa cabine e não foi visto mais.
No lugar dele apareceu o CEO do clube, Gabriel Lima, que apenas fez um pronunciamento antes da entrevista coletiva do técnico Zé Ricardo. Os jornalistas presentes não puderam fazer perguntas. Uma situação que já ocorreu outras vezes durante o Campeonato Brasileiro.
“Até quando marginais travestidos de torcedores vão estragar o futebol brasileiro? Até quando vamos ser xingados, humilhados e ameaçados – os jogadores e nossas famílias? Até quando vamos permitir isso? Isso só vai mudar quando eles forem punidos de verdade”, criticou Lima.
Ele também estava se referindo ao tom ameaçador adotado por integrantes da organizada Máfia Azul, que, na quinta-feira (9), foram à Toca da Raposa 2 para cobrar empenho dos jogadores. No site da Máfia Azul, deixaram claro que a conta iria cair no colo dos familiares.
“Vamos cobrar na porta de casa, na saída do filho na escola, no passeio no shopping ou no restaurante, a cada um que em campo não honrar as cores do Cruzeiro Esporte Clube”, postaram. Uma incitação à violência que se refletiu em Curitiba, após a vitória do Coritiba por 1 a 0.
Gabriel Lima que, em casos como o ocorrido no estádio, as autoridades “pegam identidade, eles pagam uma cesta básica e vão embora”. Isso acontece, lembra ele, num momento em que se busca melhorias no futebol, “com criação de liga e gente séria trabalhando”.