O tenista João Menezes anunciou nesta terça-feira, 1º de outubro, a aposentadoria do esporte profissional aos 27 anos. Por meio de suas redes sociais, o atleta refletiu sobre o longo período de lesões que o deixaram fora das quadras e afirmou viver o "fim de um ciclo".

Natural de Uberaba, Minas Gerais, João começou a jogar tênis por influência da família aos 16 anos. Em sua trajetória no esporte, foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019 e representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Sua melhor colocação no ranking mundial foi o 172º lugar, alcançado em fevereiro de 2020.

“Termina-se minha maior aventura vivida até então. Uma loucura total e há quem diga que, para ser um atleta profissional em qualquer modalidade, é preciso ser um pouco louco. Viajei para lugares que nunca imaginei conhecer, fiz amigos que vou levar para o resto da minha vida, perdi muitos jogos (muito mais do que ganhei), arrebentei meu corpo inúmeras vezes, tive incontáveis horas de treino, sessões de fisioterapia e 6 cirurgias. Isso tudo misturado a uma intensidade altíssima, dedicação enorme, teimosia absurda e uma pitada de resiliência”, declarou.

"Hoje vejo que cometi muitos erros e acertei outras tantas vezes, mas tudo que fiz foi com as informações que tinha no momento. E não me arrependo de nada; faria tudo outra vez", continuou.

“Foi uma decisão basicamente automática. Foi o meu corpo que tomou essa decisão. Não consigo mais suportar jogar com intensidade para o tênis profissional. Até hoje sinto dor da fratura por estresse na tíbia que sofri no Recife, tenho várias limitações e não consigo mais apoiar a perna esquerda; ela serve apenas como muleta. Uma coisa é fazer uma exibição com intensidade mais baixa, outra é chegar e treinar quatro horas por dia, viajar e competir a cada semana. Não consigo mais".

Por fim, João mencionou em seus stories que a parte física foi decisiva para colocar um ponto final em sua carreira profissional no tênis antes dos 30 anos. Sua última lesão ocorreu no ITF de Recife, em Pernambuco, em março deste ano.

Quando voltou a atuar, em 2022, um novo problema: uma dor forte na perna durante um jogo no Challenger de Cali, na Colômbia, fez com que o brasileiro precisasse desistir do torneio e se afastar novamente do esporte. O diagnóstico foi uma fratura por estresse na tíbia, um dos ossos que formam a canela.