Superação. Essa tem sido uma palavra presente no dia a dia da rotina da jovem atleta Alice Salvador Freitas, de 16 anos. Há dois anos, ela recebeu o diagnóstico de um tipo raro de câncer: um tumor maligno de células germinativas que pode afetar crianças e adolescentes. A doença a afastou do handebol, o seu esporte favorito. No entanto, após complexo tratamento na Santa Casa BH, ela retomou a prática esportiva em janeiro deste ano.
"O handebol, além de ser meu esporte favorito, tornou-se uma fonte de força emocional e física. Eu queria muito voltar a jogar", diz Alice. De volta às quadras, seu próximo objetivo é conseguir recursos para, com a sua equipe, poder representar o Brasil em um torneio internacional que será disputado na Argentina.
Alice faz parte da equipe de handebol da Associação Buritis de Esporte e Cultura (ABESC). O time busca recursos para participar da Copa Mar Del Plata, que reunirá, em dezembro, times da América Latina. As doações estão sendo feitas por meio do telefone (31) 98844-8290 ou pelo Instagram da Associação, “@abescmg”.
O câncer de Alice
Alice começou a apresentar os primeiros sintomas da doença aos 13 anos. À época, os primeiros diagnósticos apontavam para um cisto no ovário. No entanto, o tumor maligno das células germinativas foi revelado após uma cirurgia de emergência. A adolescente passou oito meses em tratamento intensivo.
“Ela enfrentou grandes desafios, como complicações renais, os efeitos debilitantes da quimioterapia e o uso de um dreno por mais de 60 dias. A equipe multidisciplinar da instituição esteve sempre presente, oferecendo não apenas cuidados médicos de excelência, mas também suporte psicológico, ajudando Alice a lidar com a ansiedade e o medo. Esse acolhimento fez toda a diferença para ela e para a nossa família”, relembra a mãe Carolina Freitas.
O tratamento foi realizado na Santa Casa BH, uma das maiores referências em oncologia de Minas Gerais. A unidade oferece tratamento especializado e humanizado por meio do seu Instituto de Oncologia. Toda essa mobilização se dá pelo fato de ser a segunda principal causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que, até 2025, cerca de 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil sejam diagnosticados anualmente no país. Esse cenário impõe desafios não só médicos, mas também emocionais e sociais para pacientes e suas famílias.
“Para se ter uma ideia da importância do serviço, anualmente atendemos cerca de 12 mil pacientes infantojuvenis e aproximadamente 10% destes representam os novos casos”, destaca a gerente do Instituto de Oncologia, Lorena Lima.