O futebol americano tem se popularizado cada vez mais no Brasil. O país já é o terceiro maior mercado consumidor de NFL - maior liga existente - do planeta. Nesse cenário, São Paulo recebeu pela primeira vez uma partida da modalidade entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers - apesar das polêmicas pontuais entre jogadores das equipes e até críticas envolvendo o gramado do Itaquerão. Para 2025, além das tratativas para um novo jogo em terras verde-amarelas, tem franquia que já tem planos de expansão, incluindo Belo Horizonte.

É o caso do New England Patriots que, neste dezembro, organizou, na capital mineira, sua segunda 'watch party' no Brasil. A festa permitiu aos fãs acompanharem de perto da partida entre New England Patriots e o Indiana Indianapolis Colts pela 13ª rodada da NFL, e contou até com a presença de Lucas Silva, volante do Cruzeiro.  A primeira ação foi realizada em setembro, em São Paulo, marcou o início das ações oficiais da franquia no país.

Em março deste ano, os Patriots adquiriram os direitos de exploração de marketing no país e, apesar de não terem jogado a primeira partida da NFL no país, os executivos vieram acompanhar de perto a partida. Os planos de expansão, no país, inclusive, vão desde o auxílio na base, no entendimento e no desenvolvimento da modalidade futebol americano com suas disciplinas até apoio em campeonatos da Confederação Brasileira. 

“Nós estamos atuando nas cinco regiões do Brasil. Isso é uma coisa muito importante para o Patriots porque a maioria dos times eles vêm ao Brasil somente como Rio-São Paulo, e o Patriots tem uma visão muito maior sobre o que significa ser Brasil, o que significa estar dentro do mercado brasileiro”, explica Lara Magalhães, gerente de negócios do Patriots no Brasil.

Um jogo é Belo Horizonte não é descartado, mas Lara comenta que as definições são tomadas em conjunto com todos os 32 representantes da NFL. “Todas essas decisões em relação a quem vai jogar, onde vai jogar, quando vai jogar, contra quem, são decisões tomadas pela Liga”.


Flag football no Brasil e as Olimpíadas


O programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, terá cinco novas modalidades, dentre elas, o flag football - as outras são beisebol/softbol, críquete, lacrosse e squash. O esporte, que tem muitas semelhanças com o futebol americano, já possui adeptos no Brasil e pode virar uma nova esperança de medalha para o país.

Mais acessível e seguro, pois dispensa o uso de equipamentos de proteção, como capacetes e ombreiras, no flag (bandeira, em inglês) os jogadores têm fitas que ficam amarradas nas cinturas e devem ser retiradas pelos adversários caso eles queiram parar as jogadas. No total são três flags presas à cintura: uma de cada lado e a outra nas costas.

Para Lara Magalhães, ver pessoas jogando flag pelas ruas brasileiras pode se tornar uma realidade nos próximos anos, com a expansão da modalidade no país. 

“A gente vê muitas pessoas no Brasil jogando pelada de futebol e seria muito legal a gente conseguir ver muitas pessoas jogando pelada de futebol americano que seria o flag, uma versão adaptada e mais acessível, que seria bem legal a gente ter isso nos nossos finais de semana, na vida do brasileiro. É realmente um esporte apaixonante”, afirmou Lara Maragalhães.

Como se joga Flag Football

O objetivo é o mesmo do futebol americano. Fazer touchdown, que também vale 6 pontos. Para isso, a defesa deve impedir o avanço do ataque tirando fitas do jogador que tem a bola. 

Quando a fita é retirada, a jogada termina e o ataque começa uma nova tentativa. São quatro chances para chegar ao meio e mais quatro para fazer um touchdown. 

Diferente do futebol americano, não é permitido trombar com os jogadores adversários. O tempo de partida são dois tempos com 20 minutos cada.