Hoje em dia, é difícil encontrar quem nunca ouviu falar no nome de Rebeca Andrade. Aos 23 anos, a ginasta já tem na coleção duas medalhas olímpicas, sendo uma de ouro, e, em 2022, se tornou campeã mundial no individual geral, ganhando o título de ginasta mais completa do mundo na atualidade.
E Rebeca não está desacompanhada. Neste ano, a ginástica brasileira alcançou resultados expressivos, tanto na artística quanto na rítmica e na de trampolim - as três modalidades olímpicas -, sem esquecer os feitos da ginástica aeróbica, modalidade que ainda não faz parte do programa olímpico. Relembre os feitos da ginástica brasileira em 2022:
Ginástica Artística
No Pan-Americano disputado em casa, no Rio de Janeiro, em julho, a ginástica artística do Brasil teve uma boa sequência de resultados. Com Rebeca e Flávinha liderando o time, as mulheres foram medalhistas de ouro por equipes e, pela primeira vez na história, terminaram à frente dos Estados Unidos na prova.
Entre os homens, um ginasta 'mineiro' foi o grande destaque. Mesmo sendo carioca, Caio Souza é ginasta do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, e em ano histórico, foi o maior medalhista da competição ao conquistar cinco pódios.
No Campeonato Mundial, principal competição do esporte nesta temporada, quem brilhou novamente foi Rebeca Andrade, que foi ouro no individual geral e bronze no solo. Entre os homens, Arthur Nory conquistou o bronze na barra fixa. Mesmo fora dos pódios, os ginastas fizeram história. Por equipes, as mulheres terminaram em quarto lugar, melhor colocação do Brasil em um Mundial na história. Os homens ficaram em sétimo.
Ginástica de trampolim
No trampolim, Camilla Lopes e Alice Gomes, que também é atleta do Minas, obtiveram os melhores resultados do Brasil no ano. Em junho, as duas fizeram bonito no Pan-Americano, no Rio, com Camilla conquistando o ouro no trampolim individual, seguida por Alice, que foi medalhista de prata. Juntas, elas subiram ao lugar mais alto do pódio na disputa de dupla sincronizada.
No Mundial de Ginástica de Trampolim, em Sofia, na Bulgária, a dupla alcançou resultados históricos para o Brasil. Alice e Camilla avançaram para a final e ficaram com a 12ª e 13ª colocações, respectivamente, algo inédito para o país. Na prova em duplas, conquistaram o 7º lugar.
Ginástica rítmica
Em ascenção, a ginástica rítmica brasileira também chegou em resultados inéditos nas principais competições da temporada.
Em junho, o conjunto brasileiro formado por Bárbara Galvão, Beatriz Linhares, Deborah Medrado, Giovanna Oliveira, Maria Eduarda Arakaki e Nicole Pircio ficou com a medalha de bronze na série mista de bolas e fitas na etapa de Pesaro (Itália) da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica.
O grupo, que é comandado por Camila Ferezin e pela assistente coreógrafa Bruna Martins, ficou com o título do Pan-Americano, no Rio, e no Mundial, realizado em Sofia, na Bulgária, manteve a consistência e conquistou o quarto lugar na série de arcos, o quinto na série mista e a quinta colocação geral da competição. Esses foram resultados históricos para a modalidade brasileira.
Ginástica aeróbica
Mesmo fora do programa olímpico, a ginástica aeróbica também alcançou resultados relevantes. Rebeca e Lucas, ginastas do projeto de Ginástica Aeróbica da UFMG, foram medalhistas de prata no Mundial em junho, em torneio disputado em Guimarães, Portugal. Na ocasião, ficaram apenas 1 décimo atrás da dupla campeã, fato que motivou a corrida pelo próximo grande objetivo.
E a motivação deu certo. Pouco tempo depois, em julho, a dupla mineira foi campeã do World Games, a maior competição da modalidade, considerada como os 'jogos olímpicos' para os esportes que estão de fora do programa das Olimpíadas.