Nos minutos finais da partida entre Real Madrid e Pachuca, no Mundial de Clubes, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel executou os procedimentos do protocolo antirracista determinado pela FIFA. O caso ocorreu após um desentendimento entre o zagueiro Rudiger e o capitão do time mexicano, Gustavo Cabral. A partida precisou ser paralisada por alguns minutos, até que a situação fosse contida.
Rudiger e Cabral discutiram e o zagueiro merengue saiu bastante revoltado. Logo depois, o árbitro brasileiro fez o gesto em que aciona o procolo antirracista em campo. Imediatamente após a sinalização, o sistema de som do Bank of America Stadium, em Charlotte, Carolina do Norte, foi acionado e o público presente foi informado sobre o que estava acontecendo.

(Foto/ Cazé TV)
O árbitro brasileiro não flagrou um caso de injúria racial contra o jogador do Real Madrid. Contudo, ele foi informado pelos colegas da equipe de arbitragem da partida. Com o gesto de “X” com os braços, Ramon Abatti Abel, então, registrou a situação. Vale ressaltar que todos os procedimentos fazem parte da determinação instituída pela Fifa neste ano.
Como funciona o protocolo antirracista:
- O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
- Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência;
- Se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.
Sobre o jogo
Mesmo com um a menos por quase todo o confronto, o Real Madrid superou o Pachuca por 3 a 1 na Carolina do Norte, pelo Grupo H, e ficou mais perto da vaga no mata-mata do Mundial de Clubes. Ainda na primeira etapa, Jude Bellingham, Arda Güler e Federico Valverde balançaram as redes mexicanas - Elías Montiel descontou na segunda etapa - e garantiram a primeira vitória de Xabi Alonso no comando dos Merengues, debaixo de calor intenso na Carolina do Norte.