O Athletico não pretende voltar ao gramado natural, mas planeja fazer a troca da grama sintética em 2026. Em comunicado, o Furacão justificou a permanência pelo certificado da Fifa e do aumento da receita.

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O tema ressurgiu após a aparência desgastada do piso e de uma discussão interna para a mudança. Desde o ano passado, os jogadores atleticanos têm feito reclamações da qualidade à diretoria - a principal é que "o campo está duro".

Desde 2016, o campo nunca foi trocado e teve apenas manutenções anuais por conta da fiscalização. A grama sintética tem a certificação Fifa Quality Pro, a mais alta do nível internacional, até fevereiro de 2026.

Dessa forma, o Athletico tem a intenção de colocar um novo gramado sintético após o término da Série B. O custo estimado varia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões.

Athletico prefere grama sintética

Para manter a grama sintética, o Athletico ressalta que "não há estudos ou evidências de que o tapete prejudique o jogo ou mesmo eleve o risco de lesões". Em fevereiro deste ano, atletas do futebol brasileiro iniciaram uma campanha contra o gramado artifical.

Outro ponto destacado pelo Furacão é a possibilidade de realizar eventos fora do futebol no estádio, principalmente com shows. Segundo o balanço financeiro de 2024, o clube arrecadou R$ 22,8 milhões com a Arena, enquanto os custos com os eventos foram de R$ 3 milhões.

Por fim, em relação ao impacto visual, a direção já havia justificado que é o acúmulo da fibra de coco, material de amortecimento da grama. É justamente esse o apontamento dos atletas pela "piora" na qualidade nos últimos anos.

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Confira o pronunciamento do Athletico sobre a grama sintética

"O Athletico Paranaense não substituirá o gramado sintético por grama natural.

•⁠ ⁠O campo possui certificação FIFA QUALITY PRO, o mais alto nível internacional.

•⁠ ⁠Não há estudos ou evidências de que o gramado sintético prejudique o jogo ou aumente o risco de lesões.

•⁠ ⁠A tecnologia utilizada para gramado sintético evolui constantemente, acompanhando as melhores práticas mundiais.

•⁠ ⁠O gramado sintético permite a realização de diversos eventos além do futebol, gerando receitas relevantes para o clube.

•⁠ ⁠O clube permanece desenvolvendo projetos para melhoria da tecnologia do gramado e ampliação da capacidade para eventos.

•⁠ ⁠A Arena da Baixada seguirá com gramado sintético".

Athletico inaugurou a grama sintética em 24 de fevereiro de 2016, em amistoso contra o Criciúma. Foto: Divulgação/Athletico

Três estádios da Série A usam grama sintética

O Campeonato Brasileiro de 2025 tem três estádios com grama sintética. O número é o mesmo do ano passado, mas com uma troca e pode até aumentar.

Nesta temporada, o Allianz Parque (Palmeiras) e o Nilton Santos (Botafogo) são os remanescentes da última edição. A grande novidade fica por conta da Arena MRV, do Atlético-MG, que decidiu mudar o tipo de gramado no final de 2024 e estreou no começo da Série A.

Pioneiro em grama sintética no Brasil, a partir de fevereiro de 2016, a Arena da Baixada, do Athletico, não está neste ano. O Furacão foi rebaixado e joga a Série B após 12 anos.

Além destes três estádios confirmados, o Pacaembu passou por reformas e colocou gramado sintético. A praça esportiva, antes municipal e agora privada, tem acordo de 10 anos com o Santos para receber partidas, e o presidente Marcelo Teixeira já indicou que pensa no estádio para o Brasileirão.

Ainda existe um outro tipo de grama. A Neo Química Arena, casa do Corinthians, e o Maracanã, principal palco do futebol do Rio de Janeiro, contam com gramados híbridos. Neste tipo de campo, há uma mistura entre grama sintética e natural. No estádio do Timão, por exemplo, a proporção de grama sintética em meio ao campo natural chega a 4% no máximo.

Athletico na Série B

A 16 rodadas do fim, o Athletico acumula sete jogos sem vencer na Série B, com quatro empates e três derrotas. A última vitória foi por 1 a 0 diante do Amazonas, fora, em 5 de julho.

O Furacão ocupa a 13ª posição, com 27 pontos. A distância para o Volta Redonda, que abre o Z-4, é de cinco pontos, enquanto para o G-4 subiu para nove pontos.

De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a probabilidade de rebaixamento do Furacão é de 18,2% - é o oitavo time com mais risco de queda em 22 jogos. Para subir, a chance é de apenas 2,4%.

  • CRB x Athletico: sábado (23), às 20h30, Rei Pelé
  • Athletico x Corinthians: quarta (27), às 21h30, Arena da Baixada
  • Athletico x Novorizontino: sábado (30), às 20h30, Arena da Baixada
  • Botafogo-SP x Athletico: sábado (6), às 16h, Arena Nicnet