NOVA JERSEY (EUA) - O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, saiu satisfeito com o que viu do time que venceu o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0, pela segunda rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes da Fifa. O Verdão entrou em campo nesta quinta-feira (19) e construiu a vitória na segunda etapa com um gol contra e outro de Flaco López.
Abel ressaltou que o elenco teve dificuldades de jogar sob o forte calor de Nova Jersey, no Estádio MetLife. A partida foi interrompida no segundo tempo a pedido das autoridades locais para a segurança do público, da imprensa e dos jogadores.
— Por isso eu falo que os jogos são diferentes por causa dos adversários. Na minha opinião, jogamos melhor contra o Porto, fomos mais dinâmicos, mais pressão, não criamos tantas oportunidades, mas em termos de jogo fluído e jogado foi o melhor. É verdade, nós baixamos a nossa pressão e eu tinha dito ontem que iríamos ter em conta o lado estratégico do clima. A linguagem corporal dos jogadores era notória, que cada sprint demorava o dobro para recuperar. Na primeira etapa, não entramos no jogo, não tivemos dinâmica e não ameaçamos o adversário. Vou perguntar aos jogadores porque sentiram a dificuldade, se não o adversário, o clima, a estratégia, não estavam frescos. É minha função como técnico surpreender o adversário também. Pelo lado esquerdo, o adversário era mais forte e não cumprimos bem o que tínhamos que fazer. Na segunda parte, alteramos a equipe. Não tirei o Roque e nem o Veiga por entender que estavam bem. Felizmente o VAR corrigiu a expulsão. Não foi um jogo bem jogado, mas o resultado foi melhor do que o anterior.

Abel também ressaltou a performance do meia Maurício, que entrou no segundo tempo da partida na vaga de Veiga. O ex-jogador do Internacional ajudou na construção da jogada do gol de Flaco López.
— Para falar do Maurício, tenho que falar do Veiga. E, para a minha sorte, eu tenho os dois. A melhor posição do Maurício é centro-direita, quase como um segundo centroavante. Ele flutua muito bem atrás do centroavante e nas costas do volante adversário. O que vai fazer ele evoluir é o jogo e a capacidade física, além da experiência. Agora são mais questões táticas da minha responsabilidade e dar confiança quando for entrar. Posso iniciar com qualquer um e sei que quem entrar vai corresponder.
Abel Ferreira ainda disse em entrevista coletiva após a partida que não gosta de fazer substituições imediatas antes do intervalo, mas que, pelo desgaste dos jogadores, foi necessário. No segundo tempo, promoveu as entradas de Flaco López e Maurício nas vagas de Vitor Roque e Raphael Veiga.
— Para ser sincero, essas quebras favorecem quem está ganhando. Mas não havia outra forma. Se estivesse do outro lado, não iria gostar muito. Já vi no futebol os resultados mudarem em três minutos. É importante estarmos focados para seguirmos com as nossas tarefas. O grupo é equilibrado e será definido no último jogo. Nós temos um objetivo, que é passar à fase seguinte, e vamos continuar nos preparando para o próximo jogo — concluiu Abel.
O Palmeiras quebrou uma invencibilidade de 9 jogos da equipe adversária, sendo seis vitórias e três empates.
O que vem pela frente:
O Palmeiras lidera o Grupo A do Mundial de Clubes da Fifa ao lado do Inter Miami, dos Estados Unidos. Ambas as equipes têm 4 pontos na tabela e se enfrentam na próxima segunda-feira (23), em Miami, às 22h (de Brasília). O time de Messi venceu o Porto, de Portugal, nesta quinta-feira (19) por 2 a 1, em Atlanta.