O São Paulo encara o Atlético Nacional nesta terça-feira, dia 12 de agosto, e dá o primeiro passo pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O jogo acontecerá no Atanásio Giradot, na Colômbia. O time está concentrado desde segunda-feira e fez o último treinamento lá.
A partida tem um gostinho de revanche para o Tricolor Paulista. Lá em 2016, o time foi eliminado na semifinal da competição pelo clube colombiano. A partida de volta aconteceu no Morumbis, onde o São Paulo foi derrotado por 2 a 0. A partida ficou marcada por um lance envolvendo Maicon, que derrubou Borja na área, foi expulso e deixou o time da casa com um jogador a menos em campo.
Quase nove anos depois, as equipes se enfrentam, mas agora em outro contexto. Para entender como joga e bastidores do Atlético, o Lance! conversou com Danilo Gómez Herrera, jornalista colombiano, do canal "El Gran Combo Del deporte en Medellin".
Qual a situação do Atlético Nacional na Colômbia?
O Atlético Nacional ocupa a segunda colocação no campeonato colombiano, com 11 pontos, apenas três a menos que o líder Junior de Barranquilla.
Apesar da distância curta para o topo da tabela, o clube é considerado um dos mais estruturados do país. Conforme apurado pelo Lance!, é visto como a equipe mais desenvolvida economicamente na Colômbia. Por trás do time está a Fundação Organização Ardila Lule, um dos conglomerados empresariais mais influentes do país.
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Em termos esportivos, o Atlético Nacional é o único clube colombiano bicampeão da Copa Libertadores. Em dezembro do ano passado, sob o comando do mexicano Efraín Juárez, conquistou a Liga e a Copa Play, equivalentes, respectivamente, ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil, faturando todos os troféus nacionais de 2024.
Já em 2025, agora dirigido pelo argentino Javier Gandolfi, o time venceu a Superliga. No entanto, no primeiro semestre, não conseguiu vaga na final da principal competição nacional. Em junho, o título ficou com o Santa Fe, que superou o Independiente Medellín, rival local do Nacional, eliminado antes da decisão.

Pontos fortes e artilheiros do Atlético Nacional
Edwin Cardona e Alfredo Morelos, ex-Santos, são os artilheiros do Atlético Nacional na temporada, com 12 gols cada. Outro nome importante no setor ofensivo é Marino Hinestroza, que chegou a ser especulado no futebol brasileiro recentemente. Apesar de ter marcado cinco gols, é considerado um dos pilares do ataque da equipe.
Entre os jogadores mais experientes do elenco estão David Ospina, goleiro titular da Seleção Colombiana nas Copas do Mundo de 2014, no Brasil, e 2018, na Rússia; Edwin Cardona, meio-campista criativo; e William Tesillo, zagueiro central. Juntos, formam o núcleo mais rodado e com maior trajetória do time.

Pontos fracos do Atlético Nacional
Se o ponto forte do Atlético Nacional está no ataque, o setor defensivo é visto como uma de suas principais fragilidades, segundo jornalista que acompanha o dia a dia do clube.
A equipe costuma ser bastante exigida pelos adversários. Embora não sofra goleadas, a defesa se expõe com frequência e apresenta dificuldades diante de times que exercem pressão constante. No duelo contra o São Paulo, esse pode ser um aspecto explorado por Hernán Crespo para buscar vantagem.
Artilheiros do Atlético Nacional na temporada
12 gols - Edwin Cardona
12 gols - Alfredo Morelos
10 gols - Kevin Viveros
6 gols - Andrés Sarmiento
5 gols - Marino Hinestroza
Números do Atlético Nacional na temporada
O Lance! levantou alguns números do Atlético Nacional na temporada. De acordo com dados do Sofascore, são 20 vitórias, 11 empates e 11 derrotas na temporada, com 56% de aproveitamento. A equipe marcou 65 gols, média de 1,5 por jogo, e sofreu 38, o que representa 0,9 gol por partida.
Atlético Nacional foi problema para times brasileiros em 2025
Atlético Nacional enfrentou dois times brasileiros nesta temporada, pela Libertadores. Contra o Internacional, foram dois encontros na fase de grupos. Uma vitória por 3 a 1 e uma derrota por 3 a 0.
Contra o Bahia, o Atlético venceu um jogo por 1 a 0, o outro perdeu por 1 a 0.

Atlético Nacional teve história com a Chapecoense
Em novembro de 2016, a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana naquele ano. Como uma forma de empatia após o desastre aéreo que acometeu a equipe naquele ano, o time colombiano emitiu uma nota à Conmebol pedindo para que o título da competição fosse entregue ao time brasileiro.