No ano de 1926, houve duas competições estaduais de futebol em Minas, organizadas por duas entidades distintas. A Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), que depois se transformou na Federação Mineira de Futebol (FMF), teve o Atlético como campeão. Já a Associação Mineira de Esportes Terrestres (Amet), que não era reconhecida pela FMF, teve o Palestra Itália, atual Cruzeiro, como vencedor.

Em 1932, o título do Campeonato Mineiro voltou a ser dividido entre o Atlético (campeão pela LMDT) e o Villa Nova, campeão pela Associação Mineira de Esportes Geraes (Ameg). No entanto, as duas ligas eram filiadas à Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a atual CBF, e também pela FMF, que reconhece dois campeões nesta temporada.

A polêmica de 1956

Em 1956, o título mineiro foi compartilhado entre Atlético e Cruzeiro. A decisão foi em três jogos. Porém, surgiu a informação de que o defensor Laércio, do Galo, estava impedido de atuar por não apresentar o certificado de dispensa do serviço militar, obrigatório por lei.

Como ele havia participado das finais, o Cruzeiro recorreu pedindo os pontos do segundo jogo, que terminou empatado. A disputa judicial se prolongou até 1959, quando a FMF tentou marcar outro jogo, mas os clubes não concordaram e decidiram dividir o título.

Supercampeonato Mineiro

No século XXI, uma nova situação inusitada marcou o futebol mineiro em 2002. Quatro times do Módulo I (Cruzeiro, Atlético, América e Mamoré) optaram por jogar apenas a Copa Sul-Minas, um torneio regional que reunia equipes de quatro Estados do Sul e Sudeste do Brasil. Com isso, eles ficaram de fora do Campeonato Mineiro, que teve como campeã a Caldense.

Para resolver o impasse entre os dois campeonatos, em 2002, foi realizado o Supercampeonato Mineiro, uma competição que envolvia os quatro times da Copa Sul-Minas e a Caldense. O torneio foi disputado em turno único, com os cinco times se enfrentando em partidas de ida e volta. O primeiro colocado seria o campeão.

O título ficou com o Cruzeiro, que garantiu o troféu ao vencer a Caldense por 2 a 0, no jogo decisivo. Apesar da conquista inédita e histórica para o clube celeste, o Supercampeonato Mineiro não é reconhecido oficialmente pela FMF.